Filho de férias: prepare-se para gastar

Eu voltei a trabalhar, mas meu filho ainda está de férias. Não posso deixá-lo o dia inteiro jogando vídeo game ou brincando no Ipad. Então, preciso planejar atividades bacanas para que ele aproveite bem o dia. Mas vocês lembram que voltei das férias endividada? Pois é. Não tenho dinheiro para mais nada. E quase tudo tem que pagar.

O programa mais barato é convidar um amiguinho para passar o dia em casa ou o amiguinho convidar o filho para brincar na casa dele. Mas nem todos os dias dá para fazer esse esquema. Alguns dias ele é chamado para fazer colônia de férias. Mesmo apertada, eu não resisto. Ah, ele se diverte tanto! E lá se vai o meu planejamento financeiro.

No final de semana, aproveito para passear com ele. Bloco de Carnaval é de graça, graças a Deus. À tarde, se não chove, dá pra passear de bicicleta, fazer piquenique. Mas queremos também ir ao cinema, ao teatro… Como é dura a vida da planejadora! Termino o final de semana mais endividada ainda.

Eu juro que estou tentando não gastar demais. Não comprei roupa, embora esteja precisando (sempre, né?), eu mesma fiz a unha, almocei e jantei em casa, levei lanche de casa (o que ajudou na dieta), andei mais de bicicleta… Mas com o filho é bem mais difícil economizar. Comprei uma camisa linda xadrez pra ele! Ele estava precisando. Mesmo. Ah! E o pé dele cresceu! Comprei três tênis novos.

Cheguei a brilhante conclusão: ou consigo dobrar o meu salário ou caio na real. Terei que planejar melhor os gastos que eu finjo que não existem. A blusinha xadrez, por exemplo, não estava no script. Mas está no cartão de crédito, aquela velha conhecida máquina de fazer dinheiro. Tento ao máximo fugir do cartão. Ele é a maior das tentações. Considero uma boa estratégia sair com o dinheiro que posso gastar. Acabou o dinheiro, acabou a farra. Simples assim. Cartão é emergência, não é extensão do salário.

Mas hoje, se a gente extrapola, consegue crédito a juros menores. As taxas caíram no ano passado e fecharam, em média, em 34,6% no ano – o menor patamar da história. Isso é muito bom para o crescimento da economia, mas é uma tentação para gastar. Tanto que a inadimplência está alta. Ao mesmo tempo, com juros menores, os investimentos estão rendendo menos. É importante negociar no banco zero vírgula qualquer coisa a mais na hora de escolher aonde aplicar o que a gente consegue economizar a duras penas.

É, o cobertor está curto. Ainda bem que as férias estão terminando. Quem sabe em fevereiro consigo, finalmente, colocar em prática aquela planilha linda de receitas e despesas. O importante é não desistir. Continue a nadar!

 

 

Imagem: Pink Sherbet Photography

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3 Comentários

  1. 31 de Janeiro de 2013 at 9:49 — Responder

    Economizar com filhos é tarefa difícil! E olha que a minha só tem 4 meses! Ela ainda não tem férias, claro!, mas passamos janeiro com marido em férias, querendo fazer tudo com a pequena! E o dinheiro também partiu…o negócio é apertar os cintos agora em fevereiro. Mas é tarefa árdua para mim, que sempre fui controlada, mas que, com a chegada da boneca, me tornei uma compradora compulsiva. =/

  2. Juliana Rosa
    juliana rosa
    31 de Janeiro de 2013 at 11:23 — Responder

    Patricia, adorei seu comentário! Eu também nunca tinha me perdido nas contas até chegar o meu filho. A gente não economiza mesmo. Perde a razão. Mas é importante, então, tentar se planejar melhor para esses momentos em que a gente gasta mais. Haja organização!!! Um beijo

  3. Sonia Maria
    1 de Fevereiro de 2013 at 20:06 — Responder

    É Juliana. Filhos aumentam a despesa e muito. Adorei o texto. Um bom texto para repassarmos aos pais antes de férias!!!!!!!!!

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