Intolerância ao Glúten x Doença Celíaca

Assim como confundem alergia à proteína do leite de vaca com intolerância à lactose, muitas pessoas confundem também a doença celíaca com intolerância ao glúten. Ambos têm como vilão o glúten, mas as situações apesar de similares, são diferentes.

 

Glutén?

O glúten é uma proteína que pode ser encontrada em cereais como o trigo, o centeio, a cevada, a aveia e o malte (um subproduto da cevada).

 

O que é a Doença Celíaca ?

A doença celíaca é uma doença auto-imune (o seu próprio corpo é o agressor) que reage com uma resposta imunológica exagerada quando se encontra o glúten no organismo. A doença celíaca é uma doença congênica, ou seja, já se nasce com a predisposição genética para desenvolver a doença, algumas pessoas manifestam na infância e outras tardiamente. 95% dos celíacos apresentam o gene HLA-DQ2 localizado no cromossomo 6, enquando que na população geral ele está presente em apenas 30% das pessoas.

Quando um celíaco ingere glúten, seu sistema imunológico reconhece essa proteína como agressor e esse “ataque” causa danos significativos a mucosa do intestino delgado (maior área de absorção de diversos nutrientes) interferindo diretamente na absorção de nutrientes essenciais como carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, sais minerais e água.

 

Sinais e sintomas:

  • Diarréia crônica (persistente por mais do que 30 dias);
  • Prisão de ventre;
  • Anemia;
  • Falta de apetite;
  • Vômitos;
  • Emagrecimento / obesidade;
  • Déficit no crescimento;
  • Humor alterado: irritabilidade ou desânimo;
  • Distensão abdominal (barriga inchada);
  • Dor abdominal;
  • Aftas de repetição;
  • Perda de massa muscular;
  • Osteoporose / osteopenia.

Em crianças observa-se muitos os itens marcados em vermelho.

 

Diagnóstico:

Os exames de sangue para detectar a presença do anticorpo anti-transglutaminase tecidular (AAT) e do anticorpo anti-endomísio (AAE) são muito utilizados na detecção da doença celíaca, mas isoladamente não são suficientes para se concluir o diagnóstico. O ideal é que faça uma endoscopia com biópsia para retirada de uma amostra de tecido do intestino delgado, confirmando ou não se houve mudanças nas vilosidades que revestem a parede do intestino delgado.

gluten-gut

fonte: Bioquímica da Nutrição

 

 

Tratamento:

O único tratamento que existe é a dieta de exclusão. A alimentação deverá ser isenta de glúten por toda a vida. Alimentos que contenham trigo, aveia, centeio, cevada e malte ou os seus derivados, se tornam proibidos. Mesmo pequenas quantidades de glúten pode ser o suficiente para provocar uma reação imunológica. Há necessidade maior para selecionar alimentos que possam carrear o glúten por contaminação cruzada ou em medicamentos,  suplementos alimentares e até mesmo em inocentes brinquedos como as mansinhas de modelar.

Em crianças, se faz necessário um acompanhamento bastante rigoroso. Recomenda-se acompanhamento permanente por um nutricionista e gastroenterologista pediátrico de 6 a 12 meses após o diagnóstico positivo, seguido por um check-up anual. O objetivo é monitorar principalmente seu crescimento e desenvolvimento, observando ganho (ou perda) de peso e evolução da estatura.

 

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