Manual de convivência na pracinha

Pracinha é das coisas que só passam a fazer parte da vida de uma mulher depois que ela vira mãe. Você vê aquele monte de famílias, babás e crianças correndo desembestadamente e não sabe bem o que fazer ou como se comportar e mesmo se vai ser uma boa experiência. Mas não fique acanhada. Criamos o manual de convivência na pracinha em 11 lições práticas. Assim você rapidamente irá se enturmar com essa fauna colorida e diversa.

 

1. Não leve muitos brinquedos. E nem pensar em levar brinquedos caros ou os prediletos do seu filho. Pracinha é lugar de muitas crianças e brinquedos são trocados e crianças quebram brinquedos. Dê preferência para baldinhos, pazinhas, panelinhas, carrinhos, brinquedos de plástico ou madeira. Sabe aquele super-heroi caro que seu irmão trouxe do exterior? Então, não tem lugar pra ele na pracinha.

2. Quando o grupinho se junta, todos os brinquedos ficam misturados em uma grande pilha. Marque todos eles com caneta permanente ou etiqueta. Muitos brinquedos são iguais ou parecidos e isso evita confusão na hora de ir embora.

3. Aliás seu filho e outra criança SEMPRE vão disputar algum brinquedo. No começo se faça de distraída e tente não se envolver. Se rolar agressão ou muito choro aí eu recomendo intervenção. Mas nada de brigar junto, mesmo que a outra criança não queira dividir nada. Nessas horas, o melhor é ser da turma do deixa disso. Cada um cria o seu filho de uma maneira.

4. Leve lanche triplicado. Não seja boba de levar só cinco biscoitinhos pro lanche do filhote. Leve o pacote todo. Uma térmica grande com água e não só um copinho. Mais de uma banana. Lanche bom é lanche do amigo e pracinha é perfeito para piqueniques coletivos.

5. O bom da criança, mesmo as tímidas, é que basta um “oi, meu nome é fulano, vamos brincar?” que rapidamente se tornam os melhores amigos. Pracinha é lugar normalmente frequentado por crianças do mesmo bairro, por isso incentive seu filhote a formar um grupo de amigos. O final de semana será garantia de entretenimento e algazarra. E muitas vezes, os pais acabam fazendo novos amigos, também.

6. Se você gosta de fotografar todos os passos do seu filhote, faça sem medo de ser feliz. Mas se você vai fotografar os outros amiguinhos, pergunte aos pais se eles se importam se o filho deles aparecer na foto. E jamais poste em rede social sem que você tenha consentimento expresso. Não existe nada mais desconcertante do que ver uma foto do seu filho na timeline alheia sem que você tenha o mínimo de intimidade com a pessoa. E de preferência pegue o e-mail dos pais e mande as fotos depois com um bilhetinho delicado.

7. Se você resolver fazer a festa na pracinha, tenha em mente que pelo menos 20% da festa será de “crianças-penetras”. Não se aborreça, não tente expulsar as crianças da festa e, por fim, abrace a ideia de fazer algo pra todo mundo. A pracinha é local público 365 dias do ano e vai ser deselegante da sua parte tentar demarcar esse território.

8. Justamente porque pracinha é local público, que qualquer um pode entrar. Não deixe pessoas estranhas chegarem perto do seu filho e, principalmente, esteja sempre atenta.

9. Claro que a prioridade é o seu pequenino, mas se você pressentir que outra criança está prestes a se machucar em algum brinquedo, faça alguma coisa. Tire a criança do brinquedo e avise aos pais distraídos da sua preocupação. É melhor pegar a fama da louca da pracinha, do que ver uma criança perder dois dentes caindo do alto de um escorrega.

10. Pracinhas normalmente não têm banheiro disponível e algumas não têm nem banheiro nas imediações. Se seu filhote ainda está de fraldas é mais fácil. Muitas pracinhas têm trocador, mas você, mãe sagaz já deve conseguir trocar fralda até de pé. Pros maiores, recomendamos um pinico portátil. Ou o que a sua imaginação conseguir criar nesse momento de improviso.

11. Você até pode ser meio fresca, mas a verdade é que frequentar pracinha é ver sua criança descalça, roupas imundas, roubo de chupeta, copo de água coletivo e comer biscoito que caiu no chão. Se você for minimamente germofóbica, a pracinha não é o seu lugar. Mas tenha em mente que seu filho vai perder um bocado de convivência boa. Então tente superar, respira fundo e conversa com o pediatra numa futura consulta.

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