Almanaque da grávida descolada

Anatomia da gravidez – o terceiro trimestre

Hey, barriga! Você chegou até aqui, aturou um monte de coisas e agora a gravidez já está acabando. Quer dizer, teoricamente ela está acabando, mas preciso confessar que o último trimestre tem duração psicológica de oito anos. A barriga pesando, o bichinho mexendo pra lá e pra cá o tempo todo e, bem, a vida. Qualquer ser vivo (ou até mesmo inanimado) pode ser suficiente para explodir sua ira de grávida.
Estrias: antes de mais nada, um esclarecimento. Estrias são hereditárias. Pode usar creminhos, oleozinhos, nhinhinhinhos à exaustão, mas se você tiver o gene maldito da estria, ela vai aparecer. Principalmente na reta final, que é onde a barriga dá aquela crescida em progressão geométrica.
Desconforto: com a barriga grande, os peitos grandes e tudo mais você perde o controle sobre o centro de gravidade do próprio corpo. Além disso, a barriga pesa sobre o resto do corpo quando você deita e dormir se transforma em uma tarefa quase impossível. Só o kit 5 travesseiros + 1 marido salva. Você também pode ter a sorte de o seu bebê estar confortavelmente instalado em cima da sua bexiga ou com os pés nas suas costelas.
Azia: já que o pequeno humano está ocupando cada espacinho da sua barriga, o processo digestivo fica um pouco complicado. E com isso também vem a azia. Para passar, se jogue nas frutas geladinhas: melancia e melão bem gelados dão um alívio maravilhoso.
Filtros: hormônios em festa, bebê crescendo mais e mais, saco na lua e – plim – você perde os filtros. Lembro que me tornei a demissionária da agência. Largava sinceridades absurdas na lata de todo mundo, inclusive do chefe. Ainda bem que a gente tem imunidade nessa fase, né?
Pressa: A sensação de “AAAAAANDA LOOOOOGO” domina a gente. Você não quer mais fila, nem ninguém estranho passando a mão na sua barriga. Fazer ultrassom não tem mais graça porque o bebê está muito grande e mais parece um edredon amassadinho nas imagens. A loja errou a cor das cortinas e kit berço e vai ter que refazer tudo. Mãe e sogra ligam todos os dias. Você não aguenta mais a curiosidade: quer logo ter seu filhuco em seus braços e ser mãe de verdade de uma vez. Ufa! Ainda bem que existe o parto!
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