Iniciamos o desfralde da Victoria (aos 2 anos e 3 meses) e pensamos que seria legal dividir com vocês as decisões que tomamos, como o processo está ou não funcionando, em casa e na escola.
A decisão de iniciar o desfralde nesta data especifica foi da creche. Na reunião de meio de ano a creche antecipou que iria iniciar o desfralde do primeiro grupo (turminha mais velha do Berçário II) mais para o final do ano. Essa pra mim é a primeira regra: união entre casa e creche. A Victoria já estava dando alguns sinais de que estava amadurecendo para viver uma vida sem fraldinha, mas achamos que seria legal esperar para iniciar o processo junto com a creche.
Os sinais que ela começou a dar, mais ou menos aos 20-22 meses foram:
- Aprendeu a tirar a fralda e a tirava com freqüência e gostava de andar pelada pela casa
- Avisava quando fazia xixi e quando a fralda estava “enchendo” ela passava a reclamar
- Fraldas mais secas por mais tempo
- Fazia cocô mais ou menos no mesmo horário e alguns minutos antes passou a avisar que estava cocô (na verdade ela ainda ia fazer)
- Quando fazia xixi era aquele xixi comprido e não pinguinhos seguidos. (significa que já tem mais controle sobre a bexiga)
- Passou a se interessar em ver a gente no banheiro, perguntava o que estávamos fazendo e queria ver o “resultado final” da nossa visita ao “troninho”.
- Aprendeu a falar xixi e cocô e sabia diferenciar um do outro.
Há uns três meses atrás eu comprei um troninho, deixei no nosso banheiro para que ela se familiarizasse com ele. Ela, que sempre adorou fazer “sala” pra gente no banheiro, passou a tirar a fralda, sentar ali e este era o nosso momento de lermos livros com o tema desfralde. Ela ganhou de aniversario todas as calcinhas que ela precisaria para enfrentar este momento de cabeça erguida, então essa parte do “equipamento necessário” se resolveu rápido.
E nesses três meses ficamos assim. De vez em quando, nessas incursões ao banheiro saia um xixizinho no troninho, mas nem sempre. E assim ficamos as duas, curtindo a ideia de que um dia ela ficaria sem fraldas.
Então a creche avisou na agenda que ia começar o desfralde da seguinte maneira:
- parte da turma estava apta a começar o desfralde
- Metade deste grupo ia ficar sem fralda na parte da manha e outra metade na parte da tarde
Há quem pense que o desfralde tem que ser de uma vez só. Uma vez que se tira não volta mais. Quem lê meus textos aqui no Mundo Ovo, já percebeu que eu detesto radicalismos. Por isso optei por um desfralde tranquilo. Mais longo, mas menos desgastante para ela (e pra gente aqui em casa).
Então a creche começou dessa maneira light e aqui em casa a gente passou a deixá-la sem fralda de manha antes da ida pra creche e um pouco na parte da noite, antes de trocar de roupa pra dormir. Ela vai e volta da creche de fralda. E no final de semana passado a deixamos sem fralda o tempo todo em que ela estava em casa e no domingo, quando fomos visitar o Adam e tomar banho de piscina, ela foi sem fralda ate a casa dele, ficou na piscina só de biquíni e ainda ficou um tempão sem fralda, que só colocamos no final do dia.
O que observamos nesta primeira semana:
- Alguns xixis escapuliram na calcinha/chão
- Muitos xixis foram feitos no troninho
- Ela ficou constipada. Fez cocô na segunda-feira e depois só na quinta-feira e no sábado. Normalmente ela faz uns dois por dia. Mas já aprendi que é um reflexo da ansiedade natural da criança.
- O cocô só saiu quando ela estava de fralda
- Na creche, as professoras levam a turma a cada 15 minutos para fazer xixi. Às vezes sai, outras vezes não. O numero de calcinhas molhadas diminuiu consideravelmente do inicio para o final da semana. 3 na segunda e nenhuma na sexta. Mais tempo de fraldas na segunda e menos tempo na sexta.
Na próxima semana conto como foi a semana dois. Neste final de semana pretendemos fazer pequenos passeios com ela sem fralda. Veremos como a coisa vai funcionar.