Depois dos três meses, devo dizer, tudo se ajusta. (Você pode ler sobre os meses anteriores em O primeiro mês e Será que o meu filho vai gostar de mim ?). A relação se afina e como em qualquer relacionamento nos conhecemos mais e melhor.
Posso dizer que foi assustador e desafiador ter alguém sob minha inteira responsabilidade. Por mais que tenhamos ajuda, e eu tive, o bebê nesses primeiros três meses é só nosso e cabe a nós realizar praticamente todas as tarefas. São incontáveis trocas de fraldas, banhos e trocas de roupas. Vou ser sincera: tinha dias que era um prazer e em outras, somente algo que precisava ser feito. A única “tarefa” que eu não cansava nunca era de amamentar.
Quando nosso filho faz três meses ele é elevado a um novo estágio. Não é mais recém-nascido; ele já olha e reconhece, faz sons engraçados, tem hábitos e manias, cria-se um meio de comunicação mais refinado, mesmo pelo choro.
O medo que muitos pais, amigos e parentes tem de pegar o bebê passa, o que torna o seu filho mais “móvel”: do seu colo para outros colos nunca antes explorados.
Agora não é tanto só a gente. Acabamos permitindo que outras pessoas invadam a nossa praia. Seu filho vai gostar de ter mais gente nesse ninho, porque só a mãe, cansa.
O amor nos move e nos faz diferente, nos faz entender e aceitar nossas limitações e também as dele. O que seria estranho passa a ser normal, entra na nossa rotina e nos adaptamos criando um mundo novo. Acertam-se horários, definem-se prioridades, dia-a-dia, permitimos que nossos filhotes cresçam e, sem perceber, crescemos com eles.
A delícia de ser mãe é ver e enxergar as diferenças.
Crédito de imagem: Mirith
Sem Comentários