Dois tracinhos que mudaram a história de muita gente e a minha também. Não foi surpresa, era esperado, desejado. Diferentemente de uma gravidez não planejada, quando decidimos liberar o óvulo e os espermatozóides para brincar, o que mais fazemos é esperar pelo tal atraso e rezar para não ser um falso positivo.
Tive sorte, aos 38 anos engravidar de primeira foi como ganhar na loteria. E tal qual ganhar na loteria (que fique claro, infelizmente, nunca ganhei), quando sai o resultado, o susto é inevitável. “E agora, José?”.
Peraí, quer dizer que você foi lá, jogou cinco bilhetes e nunca pensou na possibilidade real de ser sorteada?
A maioria das grávidas, ao menos aqui no meu círculo de amizades, decidem manter a notícia em segredo no início. Elas preferem esperar os tais três meses ou as 12 (intermináves) semanas para não correr o risco de “zicar”, se cercando de todas as crendices e superstições possíveis, para não deixar o prêmio escorrer pelas mãos.
Positivo… Sim, a gente pensa que não estará sozinha pelos próximos muitos meses, que vamos deixar de ser só um casal. Começamos a calcular todos os passos, tiramos o pé do acelerador e aprendemos a esperar, meio que na “banguela”, o tempo passar.
Um dia, chegar em casa, cair de sono, sorrir e chorar, o fim das cólicas, sentar, o engatinhar, andar, falar … nove meses, sempre, para sempre.