Tv, comida e crianças, uma relação nada saudável

Cientistas do Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development, nos Estados Unidos, publicaram um estudo mostrando as consequências do simples ato de assistir televisão na alimentação infantil. De acordo com o novo estudo, quanto mais tempo as crianças passam assistindo televisão, mais comidas não saudáveis querem comer.

 

Para cada hora de televisão as crianças se tornam:

  • 8% menos propensas a comer frutas todos os dias;
  • 18% mais propensas a comer balas e chocolates;
  • 16% mais propensas a comer fast food (biscoitos salgadinhos, frituras e lanches prontos).

 

O estudo foi realizado com mais de 12 mil estudantes de idades entre 5 e 10 anos. Verificou-se que quanto mais TV as crianças assistem, mais comidas não saudáveis – com sal e açúcar em excesso – , elas consomem. E isso ocorre mesmo quando não estão na frente da TV.

As crianças que comem na frente da TV, acabam, frequentemente, fazendo isso sem perceber. Muitas vezes comendo por força do hábito, sem fome real e comendo o que está disponível naquele momento, o que pode sim causar obesidade. Quanto mais tempo esse hábito for cultivado, maior as chances de desenvolver também outros problemas de saúde, como diabetes do tipo 2, problemas cardíacos e distúrbios do sono.

As razões pelas quais associa-se o assistir TV ao estímulo de comer “porcarias” não é novidade: existe uma quantidade muito maior de comerciais de comidas não saudáveis e refrigerantes do que de comidas saudáveis. Quem faz um comercial que vende frutas e vegetais? O máximo que temos visto por aqui são indústrias se disfarçando de “cozinha da casa da vovó” para convencer pais a comprar seus produtos sem pensar duas vezes.

Um outro problema que não podemos esquecer é que durante o tempo em que estão assistindo TV nenhuma atividade física está sendo realizada. É uma atividade passiva com gasto de energia bem limitado.

O nosso papel como pais é educacional e constante, um trabalho de formiguinha, uma construção lenta e insistente. Lipsky e Iannotti, cientistas responsáveis pelo estudo, recomendam limitar a quantidade de tempo dispensada à televisão e incentivar e disponibilizar lanches mais saudáveis ao longo do dia. A Academia Americana de Pediatria sugere que crianças maiores de dois anos de idade não devam assistir mais de duas horas de televisão por dia.

 

Crédito de imagem: swan-t

 

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