Vocação para comprar em viagem

O dólar bateu no teto, a taxa de IOF no cartão de crédito é proibitiva e você está indo pros Estados Unidos? Não tem como não passar pelo menos um dia fazendo compras.

Sim, ficou mais caro comprar lá fora, mas ainda mais caro está ficando comprar no Brasil. Os preços de tudo estão aumentando aos saltos. Em setembro eu comprei uma marca de amaciante a R$ 6,00. Já estava achando caro, mas acabei comprando, porque é a marca que eu gosto, sou fiel, etc. Na semana passada fui ao mesmo supermercado e a mesma marca de amaciante estava custando R$ 9,00. Um aumento de 50%. Porque mesmo? Isso sem contar outras necessidades básicas como roupas, sapatos, cosméticos, brinquedos pras crianças e uma lista interminável de itens. E lazer? E viajar dentro do Brasil? Enfim… chega de reclamar que o post é pra falar de coisas boas. Sim, coisas boas. Porque se você clicou no titulo desta chamada, você, como eu, tem tendências shopaholics. E eu tô aqui pra te ajudar.

Tudo bem, você não quer passar a maior parte das suas férias correndo de loja em loja e nem se enchendo de sacolas e acabando com a sua coluna. Você quer visitar museus, parques, comer bem e curtir a família. Eu entendo. (Mentira, eu não entendo, eu adoro fazer compras). Mas além da possibilidade de comprar online (apesar dos famigerados 6,38% de IOF), eu vou deixar uma listinha básica por aqui, pra te ajudar a fazer a sua própria lista.

Dica 1

Não pegue o avião sem uma lista do que comprar e do que não comprar. No afã do momento você acaba comprando coisas que não precisa e esquece de comprar as coisas que precisa. Então começar a viagem focada na missão é estratégia essencial. (Isso nas compras que não são online, essas você aperta send uns dois dias antes de ir pro aeroporto.. Mas, há não ser que você esteja controlando seu orçamento com punhos de ferro, saiba que compras por impulso são esperadas. Mas cuidado com o peso extra nas malas. Eles custam caro.

O que comprar?

1. Roupas: pra você, pro marido e pras crianças (se forem crianças pequenas e estiverem com roupas o suficiente no tamanho atual, compre dois tamanhos acima). Essa é uma das coisas que mais vale a pena consumir no exterior. O fast fashion, sobretudo, é uma economia de quase sete vezes mais, de vez em quando. Saiba, porém que americano não sabe fazer roupa de verão como os brasileiros. E que vale a pena sim consumir a moda daqui, nossos estilistas são maravilhosos. Mas se você comparar os preços, não tem nem graça.

2. Cosméticos: não existe frisson maior do que entrar numa CVS ou num Walgreens da vida. Da maquiagem ao shampoo, da pomada para assaduras ao hidratante. Do protetor solar ao batom. O que vale a pena? Minhas dicas são: Shampoo John Frieda (5 dólares contra 50 reais); Cetaphil hidratante em pote (10 dólares contra 70 reais), protetor solar (minha filha usa Copertone em espuma. Eu uso Neutrogena em spray e no rosto em gel, tudo por menos de 10 dólares); cosméticos da marca Eucerin que os dermatologistas adoram, vende em qualquer drogaria por 1/5 do preço; pomada para tratamento de assaduras (A+D ou Desitin). Aqui custa cerca de 40 reais o tubo, 79 o pote. Mas na verdade custa uma fração disso. Se você se deparar com uma loja da Khiel`s pelo caminho, entre e estoque.

3. Eletrônicos: as promoções aqui andam boas, mas não boas o suficiente. No geral, em torno de duas ou três vezes o preço. Não preciso falar mais nada. Mesmo declarando na alfândega, vale muito a pena.

4. Tênis: confesso achar o calcado americano meio duro. Mas os tênis, sobretudo pros maridos e pra criançada é compra certa. Faça um esforço. É um saco carregar na mala. Mas pense na economia.

5. Brinquedos: as lojas de brinquedos surtaram de vez. Não existe mais lembrancinha baratinha e legal nas lojas daqui. Compre pro seu filho e, se couber na mala, invista em uns 20 brinquedos unissex pros infinitos aniversários dos amiguinhos. (Aqui em casa a minha lista consiste basicamente em material de artes, que a minha filha de dois anos viciou. Minha pequena artista vai ser sócia atleta da Crayola.)

6. Artigos para festa: Não precisa desanimar e comprar as coisas pasteurizadas da Party City. Olha só esses três sites e faca um mix neles. Tudo para o décor da festa do seu filho alem de lembrancinhas e montagem de mesas criativas. Amazon, Sweet Lulu, Oriental Trading.

7. Coisas pra casa: entre em qualquer Target, Bed, Bath and Beyond, ponta de estoque da Le Creuset, Williams Sonoma e pire. Serio. Mande alguém arrancar você de lá, agora! (eu to namorando uma panela Le Creuset por 30 dólares. Juro)

8. Grifes. Qualquer bolsa, sapato, roupa, óculos. De duas a três vezes mais caros aqui no Brasil. Quer comprar uma It Bag? É pra lá que você vai. Quer comprar uma bolsa de marca chique sem preço de varejo? Qualquer Outlet tem uma seleção charmosa pro consumidor mais comedido. Numa recente viagem a Miami, comprei uma lindíssima tote na Gucci por 300 dólares. Não era outlet. Ela era só mais em conta mesmo. Não se acanhe e não tenha medo de ser feliz. Realize o seu sonho consumista.

Quer ajuda pra arrumar a mala? Porque são dois volumes com até 32 quilos cada. E uma bolsa de mão com ate 5 quilos. Acha que vai passar do peso? Compre uma terceira mala. É infinitamente mais barato. Um volume extra custa, nas companhias aéreas, entre 75 e 150 dólares. Telefone antes e se informe.

Dica 2

Em janeiro eu viajo com a minha filha. Como ela já paga passagem aos 2 anos, temos direito a quatro volumes + o carrinho. Tudo o que precisamos levar (e que precisa voltar), tem que caber em meia mala média. As outras três malas (e meia) são compras. Fica a dica.

 

Imagem: uggboy

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2 Comentários

  1. Felippe Mozart
    18 de dezembro de 2012 at 10:49 — Responder

    Cam, outra compra certa na CVS é centrum (aquele complexo vitamínico) 120 reais aqui e menos de 18 dólares lá. Outra loja muito boa, se a pessoa estiver afim de garimpar, é a Ross dress for less, principalmente para malas.

    Beijoss

    • Camila
      18 de dezembro de 2012 at 12:30 — Responder

      Felippe, verdade, vitaminas, suplementos e remédios de uma forma geral também saem muito mais em conta. Minha mãe compra nos Estados Unidos um suplemento para artrose. Aqui ela paga 200 reais por 30 dias de remédio. Lá ela paga 60 dolares pelo suplemento de 1 ano. É mole ou quer mais?

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