Quem tem o combo smartphone/tablets + criança sabe que uma hora ou outra vai sentir a mão coçar para baixar aplicativos para entreter a gurizada. Os primeiros que costumamos procurar são os aplicativos gratuitos, e existem diversas opções disponíveis: joguinho, alfabeto, músicas e pintura etc.
Você achava que seu problema estava resolvido, até que um dia, provavelmente durante um almoço com uma amiga, para acalmar a irritação do seu filho e continuar a fofoca, você puxa o iPad da bolsa e descobre que o joguinho gratuito tinha apenas um desenho (música, fase), enganação total. E aparece o anúncio sugerindo que você compre outras fases, desenhos, músicas etc. Ou seja, de gratuito não tinha nada. Com isso, de uma hora para outra, muitas mães podem ver sua conta de cartão de crédito ir pelos ares (ou, no menor dos prejuízos, muita dor de cabeça ouvindo os pedidos de compra do rebento).
O que acontece?
Esses aplicativos gratuitos são apenas a ponta do iceberg, se quiser brincar mais, é preciso pagar. Setas gigantes e cores atraentes induzem as crianças ao “clique” por impulso, ela não se dá conta do gasto e você também não.
Os aplicativos grátis não só oferecem o pacote completo como ainda promovem outros jogos (aplicativos) da mesma empresa desenvolvedora, o que aumenta imensamente a possibilidade de cliques.
O que fazer?
- Ao comprar os jogos, teste cada um deles e veja como e onde essa propaganda aparece. O primeiro passo, é realizar de antemão uma triagem dos jogos grátis que você baixou para o seu filho.
- Desabilitar a compra automática. No painel de controle do se telefone ou tablet, é importante que você desabilite a função, solicitando que a cada compra, sua senha seja solicitada.
- Se o aplicativo for bom, por que não comprá-lo? Você evita dor de cabeça e mantém um entretenimento que você aprova e sabe o que oferece.
Pelo Mundo
Em apenas dez minutos um inglesinho de 5 anos, baixou o equivalente a R$ 5.100 em extras de um jogo já instalado no iPad de seu pai. O gasto acidental foi descoberto pelos recibos enviados por e-mail pelo iTunes (até agora nem sinal de reembolso).
A britânica Grace, de apenas 6 anos, também deu prejuízo, gastanto cerca de R$ 2.600. O problema não foi com os extras do jogo instalado, mas com as pedras preciosas virtuais, comercializadas no aplicativo “My Little Pony”. O anúncio apareceu mais de 12 vezes na tela, e a garota aceitou a compra a cada oferta. Nesse caso, ao menos, eles foram felizes: a mãe de Grace reclamou diretamente com a Apple e acabou sendo reembolsada.
No início desse ano, a Apple concordou em oferecer um gift card no valor de U$ 5,00 para qualquer pai americano que se sentiu lesado pelas compras extras feitas por seu filho sem o seu conhecimento. A empresa disse ainda que iria oferecer reembolsos em casos nos quais as pessoas pudessem provar que seus prejuízos eram maiores do que U$ 5,00 oferecidos.
Por aqui nenhum brasileiro teve ainda tamanho prejuízo. Lá em casa, a minha conta continua intacta, os ouvidos é que estão cheios de tanto “mamãe, pompa!”.
PS: “Li esse post escrito pela Patricia semana passada, antes de ir ao ar. Três dias depois, aparecem quatro emails da iTunes Store avisando que meu filho de 7 anos havia comprado mais de 30 itens dentro de um jogo de dinossauros. O valor do prejuízo? Aproximadamente 180 dólares. Entrei em contato com o suporte da Apple brasileira e eles, super atenciosos, resolveram meu problema, cancelando a compra. E ainda me deram dicas de como evitar que isso acontecesse novamente. Daí resolvi voltar aqui, ler o post novamente e, dessa vez, seguir à risca todas as orientações. Fica a dica pra vocês e a lição para mim.” – Mariana, Mundo Ovo.
