Memória digital afetiva

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Hoje em dia, mais do que nunca, tiramos fotos. Muitas fotos. A grande maioria delas, meio irrelevante: foto de comida, da areia da praia, da garrafa de água bonita, do quadro na parede. Nossa vida está mais documentada do que vivida, diriam alguns. Mas no meio dessa profusão de fotografias, estão aquelas do seu casamento, do seu parto, da primeira vez que seu filho engatinhou. Fotos do seu gato, do cachorro da sua mãe lambendo seu bebê e do primeiro Dia dos Pais.

E você não sabe bem o que fazer com todas elas. Nem com os três cartões de memória lotados da sua câmera digital. Também perdeu as 135 fotos das crianças empinando pipa enquanto rolava um pôr do sol incrível do último final de semana na praia. Claro, o seu telefone travou por causa das outras 2000 fotos que estão lá.

Você está se sentindo soterrada e não sabe o que fazer? Quer ajuda? Eu sou fascinada por backup e organização digital e vou te explicar como funciona para mim.

 

O que não fazer? 

  • Não deixe fotos “morando” na câmera digital ou no seu celular. Pois, esse aparelhinho tem o poder de escapulir das suas mãos e cair dentro da piscina, escorregar e cair do alto da montanha russa e outras façanhas radicais.
  • Não armazene nada em CD, DVD, pen drive ou no HD do seu computador. Esses meios digitais têm vida útil. De vez em quando dá certo pedir pro seu técnico recuperar dados perdidos, mas, às vezes, nem rezando muito pra Santo Isidoro de Sevilha, padroeiro da Internet. Faço uma exceção aos HDs externos, que aqui em casa se provaram soluções eficientes há cerca de uma década. Mas, mesmo eles, eu troco a cada três anos, mais ou menos, por um modelo mais novo.

 

O que fazer?

  • Compre dois HDs externos. Os preços estão cada dia mais em conta. Você acha relativamente fácil nas lojas de informática, sobretudo nos grandes centros como São Paulo ou Rio de Janeiro. Faça backups diários. Se não for possível fazer diariamente, pelo menos semanalmente. E faça backup do backup. Afinal, é por isso que você comprou dois HDs externos.
  • Sua próxima boa opção é a “nuvem”, que nada mais é do que armazenar tudo num HD virtual. E pode até ser um combo dos dois. Você mantém um HD externo do seu lado e joga tudo para nuvem como backup do backup. Aqui no Mundo Ovo somos grandes fãs do Dropbox. Outra boa opção é o Picasa, que é um armazenador/organizador bem intuitivo. Eles funcionam como um HD externo virtual, que você pode acessar a qualquer momento, de qualquer lugar do mundo. O que você precisa para isso? Um computador conectado à Internet.

 

Já escolhi a mídia, e agora, como fazer pra organizar tudo?

Olha, existem milhares de maneiras. Cada pessoa tem uma lógica diferente. Então vou te dizer como funcionam os meus diretórios:

– FOTOS / Ano (exemplo: 2013) / Mês (exemplo: Maio) / Evento (exemplo: “Aniversário da Vicky” ou “Jardim Botânico”. Não sendo um evento específico eu coloco algo que possa ativar a memória como: “caras e bocas da Victoria”).

 

E como nomear as fotos?

Isso é um processo trabalhoso quando se tem milhares de fotos. Aos poucos, estou nomeando cada uma, de cada pasta, de cada evento, de cada mês e ano. Tipo: “Victoria e eu”; “Julia e Luisa”; “gato da vizinha”; “pôr do sol”. Assim, quando eu quiser procurar algo específico, posso fazer uma busca automática, ao invés de vasculhar cada pasta. Posso estar sendo meio obsessiva, eu sei.

 

Cópia em papel?

Eu adoro pegar meus álbuns de criança e adolescência e folhear, rir, me emocionar, lembrar… Gosto de contar histórias de infância pra Victoria, mostrar que tínhamos o mesmo corte de cabelo, mostrar eu e o pai dela quando éramos novinhos, enfim… Essas coisas que só uma fotografia impressa e colada em um álbum faz por você. Por isso, depois dessa mega organização que você fizer nas suas fotos, aproveite e saia imprimindo aquilo que te interessar e faça lindos álbuns. Você pode comprar álbum pronto, encomendar exemplares mais sofisticados e até mesmo criar o seu. Não exagere: nem tudo precisa ser impresso. Das 135 fotos das crianças empinando pipa na praia, imprima uma ou duas.

 

Onde eu mando revelar?

Não resisti. Precisei dizer “revelar”, mas eu quis dizer “imprimir”. Em gráficas rápidas, basta você levar um pen drive ou um CD para eles imprimirem suas fotos em papel fotográfico. Você também pode fazer tudo isso online. Eles entregam em casa e, de vez em quando, o frete é grátis.

Espero ter te ajudado. Nessa vida atribulada, algumas coisas passam meio batido, mas fotografias, como um bom filme, um bom livro e um bom vinho, são daquelas coisas que ganham novas cores quando a gente compartilha com mais pessoas. Principalmente em família.

 

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Imagem destacada: Freedigitalphotos.net

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2 Comentários

  1. Lu Babo Tavares
    21 de outubro de 2013 at 7:29 — Responder

    Agradecida por este post! 😉

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