Sou uma pessoa de listas. Do supermercado, das roupas que vou levar em viagem, das compras que pretendo fazer quando viajo, dos desejos, do que falar com a pediatra e também do que preciso fazer em casa e no trabalho. Mas esse ano fiquei sem vontade de fazer uma lista da resoluções para 2013. Bateu depressão? Não exatamente.
Nem quero me lembrar muito mais de 2012. Não que tenha sido um mau ano. Longe disso, fui feliz em muitos momentos. Mas foi um ano difícil. Um ano de muito trabalho, de muitas oportunidades e também o ano em que eu finalmente aceitei que minha vida jamais será a mesma depois da maternidade. Ai você diz: “Besta, você ainda não sabia disso?” Olha, sabia que era diferente, mas imaginei que de algum modo mágico, tudo entraria nos eixos. Só que não, né?
Uma das coisas que eu mais sinto falta na minha antiga vida era a organização. Antes a vida era cheia, mas tudo se encaixava, prazos eram cumpridos e eu podia andar com a cabeça erguida na rua. Hoje? Olha… vou resumir dizendo que eu deveria estar usando um pseudônimo e um disfarce.
Do meio pro final de 2012 eu me dei conta de que a vida vai ser isso mesmo. Que no malabarismo diário de toda mulher que também é mãe de uma criança pequena, bolinhas cairão no chão diariamente. E vamos ter que entender que não somos perfeitas. E que a gente tem que fazer menos coisas nessa vida, pra poder encaixar diversão, lazer e pés pra cima.
Então em 2013 eu desejo poder aceitar essa nova pessoa que eu me tornei um pouco mais. E procrastinar menos pra poder caber mais organização no dia a dia. E finalmente poder andar, de novo, de cabeça erguida na rua.
E vocês? Fizeram longas listas de tarefas para 2013? Ou querem simplesmente ser felizes? Porque pra isso basta viver um dia de cada vez com amor, por do sol, otimismo e gentileza. Sem listas.
Imagem: Christian Haugen