Ameaçar não é uma forma de educar seu filho

Quando nasce um filho, nasce uma mãe cheia das melhores intenções. Mesmo sabendo que vão atravessar períodos difíceis, mães são otimistas por natureza. Mas logo na saída da maternidade, a realidade bate cedo na porta dessas pobres criaturas insones e nem todos os superpoderes concedidos com a chegada da maternidade as tornam perfeitas.

Alguns anos depois do nascimento, em um dia daqueles em que você gostaria de estar deitada na sua cama em posição fetal, seu filho resolve:

a) pular de cima da mesa de jantar e tirar fino da ponta da cadeira
b) rabiscar as paredes do seu corredor com giz de cera não lavável
c) puxar o rabo do gato
d) todas as opções acima.

E você, que está pronta pra sair pra almoçar naquele restaurante gostosinho do bairro arborizado, sonhando com a moqueca de peixe deles, diz (ou berra):
– Garoto, se você não parar com isso agora nós não vamos sair de casa!

É claro que você se arrepende na mesma hora de ter feito essa ameaça, afinal a geladeira está vazia, você precisa muito dessa moqueca pra ser feliz (de preferência seguida de um pudim de leite). Mas o garoto puxou o rabo do gato pela última vez e vocês saíram porta afora mesmo assim.

Nem sempre foi assim, certo? Você começou paciente, tirando a criança do lugar perigoso, distraindo o foco, seguindo todas as regras do manual de bons pais. Mas em algum momento você perdeu o controle da situação e acha que vai ser assim pra sempre. Olha, sou solidária. É realmente muito cansativo e triste perceber que toda vez que você se dirige ao seu filho o que sai da boca é: “Se você continuar fazendo isso, eu…”.

Qual a consequência de ter um filho que vive sendo ameaçado?

  • Se você ameaça sempre e não cumpre o que bradou, a criança não vai levar mais a ameaça a sério e o tiro sai pela culatra.
  • Por outro lado, se você sempre pune o seu filho, ele vai acabar achando que é sempre assim e pronto.
  • O nível de agressividade de ambas as partes pode acabar escalando nesse tipo de relação. A criança fica frustrada e pode passar a bater, chutar, morder etc., quando se sentir verbalmente agredida. O adulto por sua vez, vai aumentando o tom de voz para ser ouvido e obedecido e pode acabar perdendo o controle.
  • Essa perda de controle gera, além da agressividade extra, ressentimento, insegurança e tristeza em todos os envolvidos.

 Eu estava passando por uma fase bem dura e estava muito impaciente. Não só com ela, mas com o mundo. Ao mesmo tempo, eu sou o próprio cachorro que ladra mais não morde e estava sem a menor moral. Mas sabe quando eu percebi que do jeito que estava não dava pra continuar? Quando passei a ser ameaçada. “Mamãe se você não me der a minha chupeta agora eu não sou mais sua melhor amiga”, foi o que eu ouvi uma vez e resolvi mudar de tática. E, quer saber de uma coisa? Hoje, com 3 anos e meio, tá tudo funcionando incrivelmente melhor.

O Mundo Ovo existe justamente pra compartilharmos experiências positivas que vivemos, para que outros pais não enfrentem os mesmos percalços que a gente já viveu. Veja aqui a lição que eu tirei dessa péssima fase.

  •  Li bastante sobre educação positiva, e non-violent communication. Ou seja: muni-me de conhecimento.
  • Conversei com os outros cuidadores imediatos da Victoria: pai, babá e empregada. Expliquei a situação, compartilhei o que tinha lido e como eu gostaria que a Victoria fosse tratada dali por diante.
  • Sabia que seria um longo caminho, mas todos nós tínhamos que tentar e entrar no mesmo esquema, pois seria benéfico para todos.
  • O objetivo era parar com qualquer tipo de ameaça ou barganha, mas como tudo é um processo, eventuais ameaças que escapulissem das nossas bocas, não poderíamos voltar atrás, nem que isso fosse ruim pra gente.

 Mas o que eu passei a fazer afinal?

  • Dose extra de paciência. Faz parte do superpoder da mãe achar uma dose extra de paciência no fundo do armário quando precisa.
  • Sentei com ela no chão, olho no olho, e expliquei tudo o que estava incomodando: as birras, as brigas, bater (arranhar, cuspir ou morder), choramingar ao invés de conversar, dar escândalo se jogando no chão, não saber esperar. Foi uma conversa não muito longa (afinal ela não iria conseguir manter o foco). Mas basicamente eu disse que ela não iria mais fazer essas coisas e que em troca eu iria ser paciente, não iria mais brigar com ela e nós iríamos conversar sempre. Não sei bem o quanto ela entendeu, mas acho que surtiu algum efeito.
  • Passei a elogiar bom comportamento, mas nunca premiar. Tipo comer tudo pra ganhar um doce, ou ganhar um presente (por mais simples que seja) porque limpou o quarto, não rola. Corre o risco da criança só fazer determinada coisa se ganhar algo em troca. Então quando ela chega em casa, tira o uniforme e coloca na caixa da roupa suja, ela ganha um “muito obrigada” e um sorriso largo.
  • Passei a ouvir o que ela tinha a dizer e deixei de dizer não, automaticamente. A gente diz muito não, mas parte deles realmente poderia ser um sim.
  • Passei a gritar menos e a conversar mais. Nem sempre, mas de vez em quando tudo o que ela precisava era que eu explicasse detalhadamente porque ela tinha que fazer nebulização, porque eu não a deixava pular do sofá ou porque ela não podia morder a mamãe.

Acho também que o fator idade ajudou bastante. Na medida em que ela foi crescendo, nossa conversa também foi ficando mais rica. E, mea culpa, quando eu passei a tratar dos meus próprios problemas, também fui prestando mais atenção ao meu redor, ao invés de fazer tudo no automático.

Relações entre mães e filhos jamais serão perfeitas, sempre precisarão de ajustes, sobretudo quando são muito pequenos, em fase de aprendizado. Crianças da primeira infância passam pelas “fases” muito rapidamente, mais ainda do que conseguimos perceber. Acho que se informar é a primeira das nossas obrigações como mãe. E a segunda, não achar que existe uma formula mágica, mas saber que seu filho é único e que você é mesmo o melhor que poderia ter acontecido pra ele.

Paciência e boa sorte.

 

Imagem: AngryJulieMonday

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24 Comentários

  1. Barbara Priscila
    19 de Fevereiro de 2014 at 9:11 — Responder

    Nossa, estou passando exatamente por essa fase. Minha filha tem 2 anos recém completos. Está manhosa demais, grita, chora, se joga no chão. Há alguns meses o pai resolveu lembrar que é pai e participar, colocar de castigo e tal. Confesso que já mudou bastante, mas eu preciso mudar também meu modo de falar e agir. Nossa.. acho incrível como tem mãe que parece não se importar com nada disso! 🙁

    • Camila
      19 de Fevereiro de 2014 at 10:44 — Responder

      Bárbara, mudar o nosso jeito de falar é benéfico pra ela, pra você e até pro seu marido que não vai ficar te vendo irritada a toda hora. Vou te mandar um link com umas sugestões de leitura pra você encarar os “terrible twos” com mais tranquilidade. http://mundoovo.com.br/search/terrible+twos E já sabe! Depois volta pra dizer se tá funcionando 🙂 Beijo e sorte!

  2. Marcia Abad
    19 de Fevereiro de 2014 at 12:16 — Responder

    Eu tb estou passando por tudo isso com a minha filha de 2 anos. Está sendo bem difícil pra mim. Minha paciência já está no limite! Tento me controlar , ouví-la, conversar, mas parece que cada dia que passa ela está pior! Só tenho vontade de pedir socorro!! Vou buscar o link que vc recomendou tb. Adorei o texto! Sempre é bom ouvir depoimentos assim, sinceros e bem esclarecedores. Obrigada.

    • Camila
      19 de Fevereiro de 2014 at 12:21 — Responder

      Marcia, a chegada dos dois anos foi o meu maior teste de paciência e acho que falhei miseravelmente. Mas sempre é tempo da gente parar, voltar atrás e escolher outro caminho. E é isso que eu procurei fazer quando me dei conta da situação. E se você conseguir achar essa solução mais cedo do que eu consegui, ponto pra você e meu texto terá cumprido o seu papel. o link http://mundoovo.com.br/search/terrible+twos que eu passei pra Bárbara fala das minhas experiência e também as da Paty com a chegada dos dois anos da Vicky e do Adam. Boa sorte e beijoca (e se conseguir volte pra contar pra gente como foi!)

  3. Clarice
    19 de Fevereiro de 2014 at 15:40 — Responder

    Camila, eu fiquei com a consciência um pouco pesada depois de ler o teu texto. Não que eu viva ameaçando o Lucas, mas de vez em quando eu falo “você quer ficar de castigo?”. Nem sempre precisa, mas quando ele não continua com o comportamento indesejado eu cumpro o prometido e coloco ele sentadinho na cadeira de castigo. Será que eu não devia fazer isso? Eu converso muito com ele e normalmente não preciso puni-lo, mas tem horas em que só o castigo resolve.

    • Camila
      19 de Fevereiro de 2014 at 19:13 — Responder

      Oi Clarice, de uma forma geral eu não coloco muito a Vicky de castigo, simplesmente por que não funciona. Ela é abusada, vira bate boca, eu começo a gritar, é um estresse tão grande e sem volta, que eu desisti no castigo. De uma forma geral acho que conversa funciona melhor que castigo, mas tem dias que eles precisam ficar de castigo nem que seja para se acalmar. Quando ela está no auge da agitação e ela não está ouvindo nada, eu costumo pegá-la no colo, tento contê-la um pouco e faço ela fechar os olhos, contar até 10 e fico falando coisas tipo “agora conte carneirinhos de olhos fechados” e isso vai acalmando ela, que passa a ouvir melhor o que eu estou falando. (mas pelamor, não fique de consciência pesada. Desde que isso, é claro, não seja algo diário, porque aí acho que você deve ler esse post de novo, trocando a palavra ameaça por castigo. Muito de tudo, não adianta nada, né?) Uma beijoca grande.

      • Clarice
        20 de Fevereiro de 2014 at 8:52 — Responder

        Já deves ter percebido que eu sou cheia de dúvidas e preocupações, né? Mas acho que isso é normal de mãe… rs
        Essa coisa do castigo não é diária não, graças a Deus. O Lucas é muuuuuuito querido, me obedece quase sempre e todo mundo elogia. Só que ele vai fazer 3 anos em maio, então já viu… tá NAQUELA idade. Hoje de manhã, por exemplo, encasquetou que não ia pra escola. Queria levar um carrinho, mas não era dia, e como eu não deixei, ele emburrou. Mas fui indo na conversa e ele acabou meio que cedendo (a gente vai conversando e já vai discretamente encaminhando pro carro, pra ele não ter tempo de pensar muito… rs). Eu converso bastante com ele sim, e dou muito estímulo positivo, sempre agradeço quando ele faz alguma coisa certa (como guardar os carrinhos depois de brincar) e, principalmente, dou muito muito muito amor e carinho. Beijo e abraço o tempo todo e sempre digo “eu te amo”. Acho que pra ele tá bem claro que eu o amo acima de tudo mas que de vez em quando tenho que ser dura pra que as coisas funcionem. Ao menos eu espero que sim!

  4. kezia maiara
    24 de Fevereiro de 2014 at 16:35 — Responder

    Oie camila, tenho duas meninas uma de 3 anos e a outra de 1 ano e 8 meses. Estou passando pela mesma coisa, a minha caçula nao aceita que chame a atençao dela, ela bate muita na irma dela, faz muita birra, e a mais velha e muito chorona. Eu ja passei dos limites ja, eu acho que eu grito demais e tambem as vezes sou muito rigida com elas. Queria que me ajudasse com alguns concelhos, sou muito nova tenho apenas 23 anos e acho que tenho muito que aprender. Obrigada!

    • Camila
      24 de Fevereiro de 2014 at 16:53 — Responder

      Kezia, a mais velha é mais boba e a mais nova mais encapetada né? Essa é uma dinâmica complicada, pq a mais nova se aproveita da caçulice e a mais velha sabe que não pode bater no neném né? Buenas, isso é bem estressante e você vai ter que ser firme com a miúda pra que ela não transforme sua mais velha num saco de pancadas. Até porque, chegando nos terrible twos, a coisa tende a piorar. Mas olha: ser firme não é reagir violentamente, nem com berros, nem com rigidez excessiva e nem palmadas. Em primeiro lugar, você como mãe vai ter que tomar o controle da sua casa. Ou seja: a dinâmica tem que partir de você, mãe. Que tal conversar com a mais velha e ver se ela conversa com a mais novinha? De repente fazer com que ambas melhorem essa comunicação. Leia esses posts aqui: http://mundoovo.com.br/search/terrible+twos veja se alguma coisa te inspira. E depois volte aqui e vamos conversar mais. Boa sorte!

  5. edna
    24 de Fevereiro de 2014 at 16:38 — Responder

    eu adoro essas materias.tenho um de 4anos vinicius.anda tao desobediente.so consigo fazer ele comer cm chantagem.as vezes so obedesse colocando de castigo .ja tentei conversar mas nao adianta mt.o q faco

    • Camila
      24 de Fevereiro de 2014 at 16:58 — Responder

      Edna, chantagem é a pior coisa. “Se vc comer tudo, ganha sobremesa” é a pior coisa que a gente pode falar para uma criança que não come, pois eles partem do principio que só precisam comer se tiver prêmio mais na frente. Olha, leia esse post aqui e veja se melhora. http://mundoovo.com.br/2014/o-que-fazer-com-crianca-que-nao-come-em-viagem/
      O lance é não deixar comer qualquer coisa já que ele não quer comer a comida que está sendo servida. Não deixar comer no intervalo das refeições (muitos biscoitos, muita porcaria) e coisas desse tipo. Nada de leitinho porque não almoçou, nada de lanchinho reforçado porque não quis comer a refeição. Estabeleça uma rotina rígida de horários (aqui em casa é café, almoço, lanche, jantar, ceia com um intervalo médio de 3 em 3 horas) e siga essa rotina. Se você achar que nada disso funciona, procura uma nutricionista para uma orientação pessoal.

  6. Janah
    24 de Fevereiro de 2014 at 17:07 — Responder

    É uma fase e tanto!
    Eu andava estressada devido a correria do dia-a-dia e ainda a descoberta de uma nova gestação, cheia de cansaço, enjoos, vômitos e aquelas coisas todas que conhecemos né!
    Meu filho foi passar 1 mês de férias na casa do pai dele, pois não estamos mais juntos há quase 2 anos e em um final de semana que queria passar com ele, meu filho não quis vir comigo, pois me “tachou” como ruim…
    Nossa foi um chute no estômago!
    Fora que algumas vezes me falava: “Não quero mais você! Não gosto mais de você…” E eu tentava entender porque…
    Deixei ele ter o tempo dele longe de mim a partir daquele dia e usei os dias que ainda restavam para reavaliar e analisar onde estava meu erro.
    Quando voltou para a casa, realmente passei a conversar mais! Dialoguei com meu atual marido quais as situações precisavam ser eliminadas e hoje em dia só a conversa tem resolvido as situações…
    Ouvir nossos filhos é tudo! Tentar compreendê-los!
    As vezes é um pequeno detalhe que simplesmente deixamos passar pela correria do dia-a-dia, porém me comprometi a não deixar mais detalhes passar e sim ouvir e explicar mais!
    Tudo tem corrido bem!
    Ufa!

    • Camila
      26 de Fevereiro de 2014 at 18:07 — Responder

      Janah que bom que você encontrou uma forma de dialogar com seu filho. De vez em quando eles externam alguns incômodos e nossas vidas de adultos são por demais cansativas, confusas e atribuladas e acho que no fundo eles têm uma dificuldade de digerir tudo da mesma forma que a gente. Um beijo

      • Janah
        7 de Março de 2014 at 15:17 — Responder

        Sempre no meio do desespero conseguimos encontrar uma saída né Camila! As vezes queremos exigir que eles tenham a mesma compreensão de mundo que nós, mas não tem como, são muito mais puros e sem pretensões…
        E assim vamos percebendo que no fundo mesmo quem realmente está aprendendo somos nós mesmas!

        • Camila
          7 de Março de 2014 at 16:35 — Responder

          Janah, você tem razão. Nossos filhotinhos são curso intensivo em qualquer assunto da vida. Beijoca!

  7. juliana turani
    24 de Fevereiro de 2014 at 22:28 — Responder

    oi tenho uma filha de 3 anos ela é muito querida mas também muito teimosa.bom nos moramos com os avós paternos dela então ja fica mais complicado né, eu perdo o controle e quando percebo ja gritei e ameaçei, e entao nao sei como voltar atras para corrigir o erro, me sinto mal e com a consciência pesada. tenho apenas 20 anos e tenho medo de nao estar conseguindo educar bem a minha filhota leticia eu a amo de mais todos os dias eu digo isso a ela e ela me retribui.ela ainda toma mamadeira e por isso nao faz as refeiçoes corretamente, mas ela é muito saudável e linda porém quando ela quer que eu lhe entregue a mamadeira tenque ser eu pois ela nao aceita de ninguém e outras pirraças parecidas que me deixam de cabelo em pé. tem sido bem dificil pra mim pois com tantas pessoas aqui em casa dando palpite e querendo educar do geito deles ela fica meia confusa e muitas vezes se aproveitando da situação.se puder me ajudar ficarei agradecida.

    • Janah
      25 de Fevereiro de 2014 at 8:45 — Responder

      Oi Juliana!
      Te entendo completamente! Isso ocorria comigo quando minha mãe vinha passar vários dias aqui em casa. Meu filho voltava a ser bebê, fazendo manha, querendo comida na boca, sendo que já é um mocinho um pouco mais independente…
      A dica que dou é: seja forte, imponha suas decisões como mãe, converse com seus sogros e explique o que tem observado na sua filha em determinadas situações. Minha mãe é teimosinha, rsrsrs… Demorou um pouco a entender quando estava aqui, mas hoje ela tem colaborado, as vezes deixa escapar algo, mas é normal…
      Mas se precisa repreender ou colocar de castigo mesmo com ela por perto coloco igual e se ela vir a interferir peço para se retirar, pois sei o que estou fazendo…
      Tiramos a mamadeira do Erick com 3 anos, compramos um copinho bem bonitinho e conversamos o parabenizando por ter se tornado um mocinho e não ser mais um bebê e assim fácil ele largou.
      As vezes só falta um pouco de atitude e segurança da nossa parte mesmo, percebi isso em mim… Eu tinha medos, inseguranças, mas depois que caí na real e pensei: “Não isso não pode mais ser assim!” passei a mudar e tudo tem sido muito mais tranquilo!
      Vai dar tudo certo, ACREDITE!

    • Camila
      26 de Fevereiro de 2014 at 18:08 — Responder

      Juliana, morar em grupo é mais difícil, sobretudo quando você não é o único “cacique” da casa. Mas acho também que conversar com os adultos pra que eles entendam a sua maneira de pensar também pode ser uma saída pra eles respeitarem a sua forma de criar sua boneca. Beijo

  8. Fernanda
    24 de Fevereiro de 2014 at 22:59 — Responder

    Oi Camila, sou mãe de 3 filhos a ultima esta com 6 meses… Estou passando por isso desde a primeira esta com 5 anos, aí veio o segundo esta com 4 anos e tudo piorou… eles brigam muito, o segundo esta de mais respondão, desobediente e faz muita birra, meu marido é extremamente nervoso e situação foge do controle, e eu só sei chorar… e agora com a terceira ficou mais difícil de lidar com eles, tenho medo do que tudo pode virar. obrigada

    • Camila
      26 de Fevereiro de 2014 at 18:13 — Responder

      Fernanda, 3 filhos em casa e todos ainda pequenos, realmente é de pirar qualquer pessoa. Não se culpe, não fique chateada e nem se sentindo frágil perante a situação. Acho que a primeira conversa precisa ser com seu marido. Explique pra ele como você gostaria que fossem as coisas e peça ajuda dele para que a situação em casa seja mais harmoniosa. E depois sente sozinha com seus dois filhos e explique detalhadamente o que está acontecendo e como você quer que as coisas sejam daqui pra frente e que você vai tentar estar presente para todos, mas que eles já são grandes e responsáveis e que você precisa também estar disponível pra pequenina que neste momento precisa mais de você (explique também como era quando eles tinham seis meses, para que eles possam se relacionar com a situação). E seja firme na sua decisão. Mas sempre tentando educar positivamente e da forma menos agressiva possível. Infelizmente a agressividade dos adultos, gera, invariavelmente, agressividade nos pequenos. Boa sorte (e que lindeza, 3 filhos!) Beijoca

  9. silvana gonçalves silveira
    25 de Fevereiro de 2014 at 0:45 — Responder

    eu tenho uma filha de dois anos ela sempre foi mt agitada e nervosa mais agora quando eu começei a trabalhar ela mudou de vez o seu comportamento ficou mt agressiva rebelde tudo o que eu vou falar cm ela me responde não quer nem saber de ir para a creche ,ela só sabe chorar o tempo todo é na creche é em casa em todo lugar ninguem consegue acalma-lá porque ela grita desesperada querndo a mamãe se joga no chão ,na parede tudo que tem na mão ela taca longe confeço que sempre perco o controle com ela eu grito coloco de castigo dei até uns tapinhas p tirar a birra dai ela começou a bater tbm

    • Camila
      26 de Fevereiro de 2014 at 18:17 — Responder

      Silvana, em primeiro lugar converse na creche para tentar entender porque ela está chorando tanto lá. É só na hora que você deixa ela é na creche ou a qualquer hora do dia dentro da creche? Leia um pouco sobre os terrible twos e veja se isso te ajuda http://mundoovo.com.br/search/terrible+twos. E olha: não bate na sua filha não. Bater não disciplina ninguém, gera agressividade em uma situação que já parece fora de controle e você ainda acaba culpada. Abrace ela bastante e perca realmente muito tempo conversando com ela. Todos os dias um pouquinho. Ouví-la pode fazer toda a diferença. Volta aqui pra me dizer se adiantou um pouco? Beijoca

  10. carina gonçalves silva
    25 de Fevereiro de 2014 at 0:52 — Responder

    to passando por essa fase tbm,com minha filhota sophia de 2e7 meses,é muito manhosa,so quer td do jeito e na hora dela,e chora faz pirraça se joga no chão,em dia de mto estress começo a gritar e ai fico frustrada pq ela ñ me obedece e cada vez grito mais alto,sei q ñ é certo,mais ñ sei como agir pra que ela me obedeça.as vezes o q faço é deixar ela ficar chorando e eu simplesmente a ignoro pra ñ ter q ameaçar ou gritar,só então depois de um tempo pego ela no colo pra tentar acalmá-la…confeso q as vezes me bate um desespero.

    • Camila
      26 de Fevereiro de 2014 at 18:20 — Responder

      Carina esse desespero é geral. Leia o link terrible twos http://mundoovo.com.br/search/terrible+twos e veja se te ajuda em alguma coisa. E tente acarinhá-la e conversar bastante. Cansa, a gente quer se trancar no banheiro, mas essa idade eles ficam tão inseguros por qualquer coisa. Tente entender se é essa chatísima fase dos 2 anos ou se pode ser algo mais. Beijoca

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