Muitas mães vêm me procurar perguntando como devem começar o desmame de seus bebês, quanto eles devem comer e que frutas e alimentos usar. No meu livro, falo sobre esse assunto de forma bem mais completa – afinal é um livro e não um post -, mas hoje vou tentar resumir as fases e suas características aqui.
Fase 1 – Introdução a um novo alimento e forma de administração.
Sai o peito e entra a mamadeira ou o copo.
Geralmente se começa com uma mamadeira (de no máximo 100 ml) ao dia, e pela manhã.
Frutas e combinações indicadas:
- Laranja-lima
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Água de coco e figo
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Goiaba
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Maçã
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Melancia
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Laranja com mamão e beterraba
NOTA: O suco de uma mesma fruta deve ser oferecido por pelo menos três dias, para observar se vai ocorrer qualquer reação digestiva ou de pele.
Fase 2 – Introdução a um novo alimento; consistência e forma de administração.
Do líquido para o pastoso com agora um “instrumento de tortura” chamado colher.
Prefira sempre frutas maduras. A ideia é começar com 1 colher de sobremesa da papa de fruta no horário do lanche da tarde e evoluir até o bebê aceitar 50 g e, depois de mais duas semanas, alcançar a porção de 80 g.
Como oferecer:
- Frutas raspadinhas
- Compota de frutas
- Frutas cozidas
Fase 3 – O Paladar salgado: O almoço
Chegou a hora do almoço, de mais um monte de caras feias e mais comida na roupa do que na barriga do seu bebê.
Oferecer cada vegetal em separado na sua porção de purê, e seguir esses passos aqui.
Fase 4 – O Paladar salgado: O jantar
Nesta fase, o jantar chega ao prato e o lanche ganha uma incrementada. Seu pequeno já está abrindo a boca com mais facilidade, querendo descobrir o que mais de gostoso a mamãe vai preparar.
O almoço se torna mais consistente e no jantar a gente faz sozinhas e caldos. Esse é um exemplo de cardápio para esse momento da vida alimentar do seu bebê:
Fase 5 – Arroz, feijão e carne 🙂
Procure arrumar tudo separadinho: os legumes devem estar amassados, os patês de carne (carne bem cozida e processada ou batida na ponta da faca) e a gema (2x na semana) chegaram ao prato.
O arroz deve estar empapado. Do feijão, vamos usar o caldo. (Não se esqueça de deixar o feijão de molho de um dia para o outro e trocar a água.)
Algumas sugestões de receita para essa fase:
Patê de músculo
O patê é feito com o músculo que “sobra” do caldo básico de carne. Basta pescar a carne do caldo, juntar com um pouco desse mesmo caldo e bater no processador.
Fase 6 – Comida quase igual a da mamãe e do papai
Fase 7 – Peixe
Fonte de ômega 3, o peixe é um alimento bastante importante para o desenvolvimento do sistema nervoso do seu bebê.
Dicas:
- Tente comprar sempre na mesma banca ou peixaria, clientes fiéis garantem bom peixe.
- Os peixes que uso são linguado, badejo, pescada e salmão.
- No vapor o tempo de cozimento é aproximadamente quatro minutos para filés.
Fase 8 – Finalmente a comida da casa
O dia esperado chegou.
Nessa fase ganhamos a praticidade de um cardápio quase único. O que eu realmente espero é que essa seja uma oportunidade para toda a família se alimentar melhor.
Crédito de imagem: Jake Spurlock