A gravidez e a chegada do segundo filho

A  primeira gravidez desperta muitos questionamentos e inseguranças. Tudo é novidade e a cada fase da gestação surgem novas ansiedades. O nascimento do bebê torna pais os que antes formavam apenas um casal. Um bebê que cria uma família, transforma a casa e tudo o que está em volta. Quando se decide por um segundo filho ou se sabe que ele virá, imagina-se que o impacto será menor. Ainda assim, algumas dúvidas persistem.

A segunda gravidez vem carregada de conteúdos e fantasias associadas ao primeiro filho, à convivência entre irmãos, ao ciúme, a rivalidade e como dividir amor e atenção. Em um primeiro momento isso pode ser difícil para  uma mãe que se identifica com o primogênito e teve seus entraves com a entrada de um irmão; ou se foi a caçula e “sofreu” na mão de um irmão maior e até mesmo para os filhos únicos que padecem com a ameaça de não haver amor suficiente para mais de um. Mas deve-se ponderar o quanto essa experiência é enriquecedora aos que podem desfrutá-la.

Um irmão pode ser um presente que os pais dão à seus filhos. Acompanhar a gravidez é  uma oportunidade de viver uma experiência enriquecedora para a criança. Desde o início da gestação, esse pequeno irá se deparar com mudanças. Antes mesmo de haver transformações visíveis como a barriga, o bebê que está pra chegar já ocupa a mãe e sua imaginação. Os filhos sentem isso prontamente, de modo que os segredos nessas horas podem confundi-los mais que ajudá-los. Uma conversa pode auxiliar a criança  a entender que realmente há algo diferente acontecendo. Com o crescimento da barriga chegam as privações de ordem mais concreta : o colo fica limitado pelo volume da barriga, a casa pode estar em mudança pra receber o novo membro e a mãe, em constantes transformações. Essa experiência culmina com o nascimento, que confirma, de certa forma, a experiência que todos nós vivemos.

Após o nascimento, as novidades são ainda mais visíveis e palpáveis. Dependendo da idade, o primogênito já pode expressar em palavras o que sente.  Sem a fala, as manifestações  tendem a ser mais corporais . Os cuidados da mãe com seu bebê recém nascido, que depende dela quase integralmente, despertam, na maiorias das vezes, uma enorme raiva no filho mais velho. Daí surge a rivalidade com o novo rebento.  Este, ameaça uma relação que parecia instaurada e segura do mais velho com o pai e a mãe. As manifestações de comportamento regredidos como de bebê, ataques de raiva e insegurança nesses momentos, devem ser encaradas como algo normal. Com o crescimento e o início das brincadeiras conjuntas a raiva tende a ceder e se transformar em amor e, em muitos casos, uma grande amizade. Crianças que crescem com outras crianças se deparam com uma gama de situações desafiadoras que certamente as preparam para enfrentar as dificuldades do mundo com maior resiliência.

Na fase adulta, é possível que surjam questões com os pais onde os filhos possam se ajudar a cuidar e entendê-los. Sendo assim,  ao longo da vida do primogênito, o nascimento do irmão será constantemente ressignificado.

 

 

Imagem: jcwillia1

 

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