Chega o verão e a gente já começa a sonhar com uma piscina para se refrescar. Mas quando o banho de piscina inclui crianças, não vale tomar um drinque, relaxar e fechar os olhos nem por um minuto para tomar sol, é preciso ficar atento o tempo todo. Os afogamentos são a segunda causa de morte e a sétima de hospitalização entre os acidentes na faixa etária de 1 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, em 2012, 1.161 crianças morreram vítimas de afogamento (uma média diária de 3 óbitos). Boa parte das crianças que se afogam em piscinas está em casa sob os cuidados dos responsáveis, bastando um mero descuido para que ocorra o afogamento.
Sempre que uma criança entrar na piscina um adulto deve supervisioná-la atentamente durante todo tempo, mesmo que todos saibam nadar ou a piscina seja rasa. Se a criança tiver até 4 anos o ideal é que o adulto esteja dentro d’água junto com ela ou muito perto ao alcance dos braços.
A criança com menos de 4 anos deve sempre usar um colete salva-vidas de tamanho apropriado, mesmo as que sabem nadar. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o uso do colete ao invés da boia de braço, pois a boia pode ser facilmente retirada pelas crianças, desinflar e até atrapalhar sua mobilidade. Outra recomendação é nunca usar boias “tipo pneu”, porque as crianças podem escorregar. Nossa amiga Shirley, do blog Macetes de Mãe, contou em um post o sufoco que passou quando a boia em que seu filho estava na piscina virou.
Selecionamos alguns coletes disponíveis no mercado brasileiro (não testamos nenhum deles):
Colete Inflável Turma da Mônica (Recomendado para crianças de 1 a 2 anos)
Colete peixinhos divertidos (Recomendado para crianças de 3 a 5 anos)
Colete inflável infantil Premium Mor (Recomendado para crianças de 3 a 6 anos)
Veja algumas dicas da ONG Criança Segura para prevenir afogamento
- Esvazie as piscinas infantis depois do uso e guarde-as sempre viradas para baixo e longe do alcance das crianças;
- Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos;
- Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que quando não estiver em uso, a piscina tem que ser coberta por uma estrutura de material resistente, que seja capaz de suportar um peso de, pelo menos, 120 quilos, para não ceder;
- Evite brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água;
- Saiba quais amigos ou vizinhos têm piscina em casa e quando levar a criança para visitá-los, certifique-se de que será supervisionada por um adulto enquanto brinca na água;
- Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança. Eles podem estourar, virar a qualquer momento e ser levados pela correnteza. O ideal é que a criança use sempre um colete salva-vidas quando estiver em embarcações, próxima a rios, represas, mares, lagos e piscinas, e quando estiver praticando esportes aquáticos;
- Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também;
- Muitos casos de afogamentos aconteceram com pessoas que achavam que sabiam nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes;
- O rápido socorro é fundamental para o salvamento da criança que se afoga, pois a morte por asfixia pode ocorrer em apenas 5 minutos. Por isso é tão importante que pais, responsáveis, educadores e outras pessoas que cuidam de crianças aprendam técnicas de primeiros socorros;
A Sociedade Brasileira de Pediatria também recomenda que o piso em volta da piscina seja anti-derrapante para evitar quedas e escorregões; e que o uso do maquinário de manutenção e limpeza da piscina estejam desligados enquanto as crianças estiverem na água.
Coisas que seu filho deve saber sobre piscina: ele deve sempre nada com um amigo e nunca deve brincar de empurrar, dar caldo ou fingir que está se afogando.
*Crédito da imagem em destaque: Shutterstock