Minha recente viagem aos Estados Unidos rendeu muitas pautas e essa é uma delas. Em uma tarde ouvi uma mãe chamar o filho de estúpido/burro. O menino devia ter uns 5 anos de idade e como muitas crianças dessa idade, estava entediado com a rotina de compras da sua família e tentou se divertir como dava. Para encurtar a história, ele correu, caiu e derrubou alguns itens de uma prateleira.
“Are you stupid?” foi a frase que ouvi de imediato, seguida de um bravo “bad boy“. O menino não se machucou fisicamente, mas as palavras devem ter machucado. Me senti impotente e triste, amedrontada com a força dessas palavras e uma vontade imensa de abraçá-lo.
Não havia nada que eu pudesse fazer para mudar a vida daquele menino, mas decidi listar frases ouvidas aqui e ali, boa parte delas na infância, e que juro não utilizar na criação do meu filho. Eu não posso dizer que sigo a cartilha da disciplina positiva, mas busco no diálogo e por meio de exemplos fazer a diferença na vida do meu filho e acredito que existem atitudes que podemos e devemos poupar nossos filhos e a nós mesmos.
Vamos à lista?
Frases que juro não dizer ao meu filho
A número um é a famosa “eu te disse” que pode também ter como variação “eu avisei”.
“Se você continuar fazendo careta, um anjo vai soprar a sua cara e você vai ficar assim para sempre.”
“Um dia você ainda vai me agradecer.”
“É para o seu bem.”
“Não é não e pronto.” Ou ainda a variação “porque eu não quero!”
“No dia em que você for morar na sua casa e pagar as suas contas, você pode fazer o que quiser.”
“Tem mão? Sabe aonde fica a cozinha?”
“Só porque os seu amigos vão, não é motivo. Se eles quiserem se jogar na frente de um carro, você também vai!”
“Essa não foi a educação que eu te dei.”
“Eu não estou pedindo, estou mandando.”
“Engole o choro.” (A pior de todas para mim)