Representatividade é uma palavra aparentemente complicada, mas que toda a criança é capaz de entender o que significa antes mesmo de saber pronunciá-la. Se ele aprender sobre representatividade brincando, melhor ainda.
Brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças. Através da brincadeira, elas aprendem sobre o mundo ao seu redor e formam sua identidade como indivíduo. Brincando, as crianças criam histórias, projetam seu futuro e encenam as situações vividas, representando a si mesmas em seus bonecos. Portanto, é muito importante que os brinquedos sejam os mais diversos possíveis e todas as crianças se reconheçam neles de alguma forma, fortalecendo assim sua autoestima e uma relação positiva com sua imagem.
Queens of Africa
As lindas bonecas Queens of Africa já vendem mais do que as bonecas Barbie na Nigéria. Tudo começou em 2007, quando o empresário Taofick Okoya queria comprar uma boneca negra para sua sobrinha e não encontrou nenhuma, mesmo morando no país com o maior número de crianças negras do mundo. A partir daí ele resolveu criar uma linha de bonecas com as quais as meninas nigerianas pudessem se identificar. “Queria possibilitar que as crianças africanas pudessem brincar com bonecas que refletissem sua cultura e mostrar que ser ser negro é lindo.”, diz Okoya. As bonecas representam diferentes tribos africanas e são vendidas com roupas variadas, sendo as mais populares aquelas que vêm com as vestimentas tradicionais africanas.
Bonecas Lammily
Já as bonecas Lammily são as primeiras bonecas que usam a proporção de corpo humana em seu design. A ideia surgiu quando o artista Nickolay Lamm criou a Normal Barbie, uma Barbie com proporções humanas.
A partir daí, foi criada uma campanha no site Kickstarter para desenvolver uma linha de bonecas mais reais para ser vendida.
@Hijarbie
Uma conta no Instagram tem feito sucesso ultimamente, a @hijarbie, onde a Nigeriana Haneefa Adam veste bonecas com roupas que cobrem todo o corpo e véu. “Eu queria que as crianças se inspirassem – criar alternativas e dar visibilidade à necessidade de existir brinquedos que adotem sua religião e sua cultura da maneira que convém a cada um, o que no final das contas, leva a um fortalecimento da autoestima”, dia Haneefa.
Barbie
Depois de tanta crítica, até a Barbie se rendeu. Esse ano foi lançada uma linha de bonecas com diferentes tipos de corpos esse ano. Na linha fashionistas é possível escolher entre curvy (curvilínea), tall (alta) e petite (mignon). Além do corpo das bonecas se aproximar mais das proporções reais do corpo humano, as bonecas também tem diferentes traços, cor de pele e tipos de cabelo. Já é um começo.
A Barbie também produziu as bonecas carecas Ella, que são distribuídas em hospitais infantis para crianças lutando contra o câncer.
Lego
Outra empresa grande, a Lego também lançou esse ano uma minifigure de um cadeirante na linha Lego City:
Dolls for down
Já falamos aqui também sobre as bonecas para as crianças com síndrome de Down, a Dolls for Down, lembra?
Enfim, esse é só o começo de uma longa e importante caminhada. Você conhece algum outro brinquedo que poderia estar nesse post? Escreva aí nos comentários para a gente aumentar a lista!