Por mais que se planeje, por mais que se deseje, a hora em que você decide: sim-vou-ter-um-filho-e-começarei-a-tentar-pra-valer-a-partir-de-agora nunca acontece sem um frio na barriga, muitos questionamentos e uma certa reflexão. Você vai ser responsável por uma pessoa que será totalmente dependente de você por alguns bons anos. E é normal ficar um pouco apreensivo com isso. Existe responsabilidade maior.
Na minha cabeça, por exemplo, passaram muitos questionamentos sobre a decisão de ter um filho:
Será que vou ser uma boa mãe?
Será que ele vai ser um bom pai?
Como vai ser a minha vida com uma criança?
Será que estou pronta para abrir mão de tanta coisa por um filho?
Será que é a hora certa?
E a minha profissão?
Tenho dinheiro suficiente para isso?
Vou colocar mais uma pessoa nesse mundo? Tanta violência, tanta miséria, tanta gente…
Mesmo com tantas dúvidas, o meu desejo era tão forte e uma certeza batia no meu peito: Sim, eu quero ter um filho agora. E tomei a decisão de parar a pílula, mesmo sem descobrir a resposta se seria uma boa mãe e se ele seria um bom pai. Não tem jeito, há indícios, mas no final das contas é uma aposta que a gente faz. Achava que minha vida seria boa com uma criança, sim, mas bastante diferente do que era.
Decidi que estava pronta porque me sentia pronta, embora não tenha tido nenhum certificado comprovando isso. Não cheguei nenhuma conclusão sobre a minha profissão. Não tinha dinheiro sobrando. E estava otimista de que traria uma pessoa que iria tornar o mundo um lugar melhor.
E assim, com poucas certezas e muitas dúvidas, fiquei grávida. O resto a gente contou e continua contando por aqui. 😉
E com vocês, como foi a decisão de ter um filho?
Sem Comentários