No consultório médico recebi a notícia de que meu filho iria nascer naquela noite. Mesmo já sabendo que seria cesárea, pois sentado ele estava desde sempre, fui invadida por uma mistura de plenitude e pânico: era agora e era para valer! Nada de negociar a data, esperar meus sogros chegarem de longe… Foi assim, num fôlego só, ele vai chegar.
No caminho para casa, ia me perguntando se estava pronta (como se isso existisse). Se saberia ser mãe dele, se ele iria me amar do jeito que sou, cheia de falhas, incompleta, ainda um ser aprendiz, café-com-leite… O que vinha a minha mente como resposta era um grande sorriso de nervoso e excitação ao mesmo tempo. Meu filho estava chegando e eu queria mesmo ir direto para a maternidade.
Na sala de parto, contava os segundos para ouvir o choro do meu pequeno, o “oi” dele para o mundo. Então, quando ouvi do pediatra: “tem gente nascendo de bunda para a lua” (nota: foi assim que eu cheguei a esse mundo também), meu coração se acalmou de uma forma inexplicável. Era ele chegando para dar uma nova direção às nossas vidas. Não contei os dedos para ver se faltava algum, sequer procurei por “defeitos”, eu sabia que era um ser perfeito, e buscava o olhar que era meu…
A delícia maior de ser mãe é saber que de dentro de você saiu um ser, que te reconhece e, como bem me avisaram no curso para gestantes, parou de chorar no instante em que foi para o meu colo. Se isso não é felicidade, me digam que nome tem…
Listar as delícias deste primeiro mês é uma tarefa árdua, mas posso, sem sombra de dúvida, eleger a amamentação como top: o aconchego, o cheiro, o olhar, partes de uma conexão infinita e plena.
4 Comentários
não vejo a hora da minha primeira filha nascer e poder viver a maternidade na pele!
beijos
Oi Paola,
desejamos que sua pequena chegue com muita saúde. Felicidades infinitas te esperam. Uma boa hora.
Depois passe aqui para contar sua experiência.
To grávida aos 17. C 14 semanas e cheia de receio de contar para minha familia paterna, mas ao mesmo tempo ansiosa demais p chegada desse bebê!
Mas porque o receio? Parabéns!