Ser e aprender a ser mãe

Acredito que a tarefa mais complicada quando se quer escrever para mães é não tolir ou inibir a espontaneidade natural que toda mãe desenvolve ao longo da maternidade.

Quem sabe mais sobre o meu filho? Aliás, quem sabe mais sobre o seu filho?

Ter dúvidas faz parte do processo, e pedir ajuda também. Isso vai ajudando a construir uma identidade em nós, mães. Porém, inúmeras vezes pedimos conselhos a amigas, pediatras, psicólogos e as respostas não se encaixam exatamente com as nossas perguntas.

Por quê?

Porque não era isso que você estava querendo saber…”O meu filho não é bem assim…”

Certamente uma mãe tem muito a aprender porém o que eu queria ressaltar é que existem 2 tipos de conhecimentos, e gostaria que a partir desse texto vocês, as mães, se sentissem incentivadas a conservar e defender este conhecimento próprio, que não pode ser ensinado, é um conhecimento natural que vem da relação única e especial que você tem com o seu filho.

Quem sabe melhor como o seu filho é.  É você !

A partir disso, e só a partir disso, é que vocês podem aprender outras coisas, com outras pessoas. Uma boa analogia seria dizer que nós mães, temos que ser catalizadores/filtros desses excessos de informaçōes que recebemos diariamente a respeito de como devemos criar nossos filhos.

Pois, não há certo ou errado quando falamos de relacionamentos, os encontros e desencontros são experenciados pela dupla , mãe e filho, e é próprio e particular de cada relacionamento.

Ao longo da minha vida tanto de mãe, como de profissional, percebi que o olhar da mãe é o mais verdadeiro e o mais apurado. O seu conhecimento a respeito de seu filho tem de vir de um nível mais profundo. Ao conversar com outros profissionais da área, médicos ou psicólogos, pessoas que passam a sua vida estudando e dando instruções aos pais, quando estes se veêem na função de pais com os seus próprios bebês, tem que se libertar daquela teoria toda e vivenciar mais naturalmente a relação.

Portanto, não podemos suspeitar da nossa sabedoria, até mesmo para reconhecermos o que não sabemos e podermos assim pedir ajuda. Querem um exemplo disso: Quando somos a primeira pessoa que começa a desconfiar que nosso filho está ficando doente, ou que está com um comportamento diferente…

Sugestões, aconselhamentos podem e vão ajuda-la a ser uma melhor mãe, um pouco menos ansiosa, culpada, se é que isso é possível, mas voces só conseguirão apreender outras coisas  se forem capazes de conservar, em si mesmas, aquilo que lhes é natural. Certamente você é a melhor pessoa para entender do seu próprio filho.

 

Crédito de imagem: rdenubila

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