A duração do aleitamento materno está relacionada com a inteligência das crianças? De acordo com um estudo publicado em agosto de 2013, na JAMA (Journal of the American Medical Association) Pediatrics, um período de aleitamento materno mais longo está associado a melhor pontuação em testes de inteligência sim. O estudo foi realizado com 1.200 mães e seus filhos.
Além dos registros do tempo de amamentação de cada criança, foram realizados testes para avaliação de nível de inteligência aos 3 e 7 anos de idade. As crianças que receberam leite materno em qualquer período tiveram notas mais altas nos testes de linguagem aos 3 anos de idade e nos testes de QI verbal e não verbal aos 7 anos. E um maior tempo de aleitamento materno está relacionado com maiores pontuações. No estudo, a duração média do aleitamento materno foi de 6,4 meses.
O número de bebês americanos que recebem leite materno vem aumentando na última década de acordo com os dados de uma pesquisa nacional do Control Disease Center (CDC). Dado corroborado pelo New England Journal of Medicine (NEJM) de agosto último que mostra que a proporção de bebês que recebiam leite materno era de 71% em 2000 e aumentou para 77% em 2010.
O estudo do JAMA não é o primeiro a estudar a relação entre a amamentação e inteligência, mas os pesquisadores dizem que é o mais conclusivo devido ao número de participantes e às variáveis significativas, tais como o QI da mãe e educação da criança. Ainda é necessário, contudo, um maior número de estudos que mostrem qual a real ligação entre o leite materno e o desenvolvimento do cérebro. Algumas teorias sugerem que o vínculo entre mãe e filho durante a amamentação estimula esse desenvolvimento. Uma outra ideia é de que nutrientes encontrados no leite materno, DHA e ARA, são responsáveis pelo desenvolvimento, não é à toa que já vemos algumas empresas adicionarem tais ácidos graxos em fórmula lácteas.
Crédito de imagem: the UMF