Criando meninos, guerreiros, mocinhos, heróis …

Você que é mãe sabe que existe um monte de livros que tentam nos ajudar a cuidar e criar nossos filhos. Também não é surpresa para ninguém que todas as mães têm algum grau de insegurança e é nessa hora que apelamos para o “Dr. Google” e todos os livros sobre o assunto em questão. Sou mãe de menino e o mundo de mães a minha volta é lotado de meninas. Me sinto meio ilhada, porque meninos e meninas são diferentes em diversos aspectos.

Li um estudo da Universidade de Petersburg que diz que desde o nascimento tendemos a falar de modo mais gentil e suave com as meninas e de modo mais direto com os meninos, reforçando os dados já descoberto em estudo um pouco mais antigo, que acredita que a capacidade cerebral de meninos e meninas é a mesma, mas o ambiente e a maneira como tendemos a diferenciar meninos e meninas é o divisor de águas. Será?

Para começar, percebo que meninos tem uma energia que nunca acaba, e é essa energia que também não deixa que fiquem mais de 5 minutos em uma mesma brincadeira. Criar um filho não é fácil mesmo e isso independe do sexo. Acredito que meninas também devam proporcionar momentos difíceis para seus pais.

Dos livros que li e “estudo”, das pesquisas em sites médicos e outros que tem como tema principal a maternagem, cheguei as seguintes conclusões:

  • Meninos são mais difíceis quando o assunto é obedecer e não ultrapassar os limites impostos. Se você acha que seu filho não te ouve, você não está só nesse universo. Brinco muito com o meu marido dizendo que nosso filho é “mal ouvido” e não mal educado.
  • A ciência mostra que meninas tem maior sensibilidade auditiva do que os meninos. Não à toa, meninas falam (mais e) mais cedo. Meninas respondem aos comandos verbais, enquanto que os meninos precisam sempre de uma ação. O “vem cá menino” (leia tendo em mente a sua própria voz) está sempre acompanhado de caretas (bravas) e gestual amplo.
  • Quando o assunto é consciência corporal, novamente os meninos saem perdendo. As brincadeiras de meninos geram uma grande quantidade de golpes das diversas lutas e aventuras inventadas, deixando-os suscetíveis a (muitas) quedas e tropeções, batidas ralados e galos.
  • Para os meninos não há restrição de espaço, qualquer lugar é lugar, seja para brincar calmamente de carrinho ou explorar a imensidão das prateleiras da estante. Sofás, mesas e cadeiras se transformam em cenário de acordo com a brincadeira. Enquanto isso, na mesma sala (da injustiça), meninas brincam calmamente com jogos diversos ou suas bonecas. Brincam de rodar e pular, de dançar; em sua grande maioria, esses sãos os maiores riscos que uma menina corre.
  •  Meninas são mais contemplativas do que os meninos desde o berço. Dr. Sax, estudioso do comportamento de bebês ressalta que meninas se orientam muito bem pela leitura que fazem do rosto de seus pais, enquanto os meninos estão sempre condicionados a uma ação. Alguma coincidência com o que vivemos quando adultos? Pois é, nós mulheres entendemos muito bem a linguagem não verbal e os homens precisam de um papos reto e direto.

 

Para minimizar os meus possíveis traumas, já comecei a leitura do livro, ainda sem tradução para o português, “The Blessing of a Skinned Knee”, algo como “A benção do joelho ralado”. O autor diz que é natural e saudável os riscos que as crianças se lançam, e concorda que a maioria desses aventureiros é do sexo masculino. Segundo sua teoria, a cada arranhão, galo ou tombo, mais se reforça confiança, auto-estima e ainda a resiliência.

Ao menos uma boa notícia para nós mães de meninos que estamos sempre com o coração na boca. E ainda dizem que nós mulheres é que somos difíceis!

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9 Comentários

  1. Maria
    22 de Abril de 2013 at 11:07 — Responder

    Sou mãe de dois meninos, nascidos em 09/09/09 e 10/10/10 (partos normais)! Também leio muito sobre o comportamento dos meninos e confesso que ADORO essas características tão evidentes do sexo masculino. Uma dica a todas as mães: coloque seus filhos (o quanto antes) em esportes … os meus fazem natação desde 1 ano, introdução as artes marciais desde 2 anos e futebol desde 3 anos (ou seja, só 1 está no futebol ainda)… percebi uma melhora, um aprendizado muito grande em todos os aspectos! Saber competir, saber perder, saber dividir, melhora a coordenação motora e principalmente gastam toda e qualquer energia acumulada e ainda aprendem os limites do próprio corpo! BOA SORTE para nós pois criar e educar nossos “mini-super heróis” está cada dia mais difícil!

    • Patricia
      22 de Abril de 2013 at 11:16 — Responder

      Oi Maria,

      adorei as datas, mais acertado impossível!! Também estou amando ser mãe de um pequeno guerreiro.

      beijos e obrigada por nos escrever

  2. Kika
    22 de Abril de 2013 at 15:34 — Responder

    Adorei o texto Paty!! Thomas está começando a querer andar e eu já estou de cabelo em pé, rs rs. Beijos com saudades!

    • Patricia
      23 de Abril de 2013 at 10:46 — Responder

      Oi Kika, saudade grande. Vi que vocês vieram ao Brasil e foi uma farra. Vamos ver quando conseguimos nos encontrar.

      beijo bem grande em vocês 3.

  3. 1 de julho de 2013 at 21:34 — Responder

    adorei, Patricia! mas só p/constar, eu tinha o joelho ralado mais que do meu irmão. hehe
    bj

  4. Maria
    20 de Janeiro de 2014 at 4:36 — Responder

    Sou mae de 2 meninos e estou gravida de mais um estou super preocupada como será minha vida com 3 homens em casa.Alguem tem uma experiencia assim para me passar?

  5. Catarina
    11 de julho de 2015 at 22:29 — Responder

    Tenho dois meninos e espero o terceiro para este mês. Amei seu relato. Criar meninos é difícil mas, é uma delícia! 🙂

    • Patricia
      15 de julho de 2015 at 15:10 — Responder

      Amo cada segundo do meu dia 🙂 Uma boa hora para você.

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