Circuncisão ou não?

Lá vem aquela doida mais uma vez com polêmica! Eu tenho certeza que é exatamente isso o que vocês estão pensando. Mas, e por que não? Vamos aos fatos: mães são todas preocupadas com seus filhotes, e esse é um ótimo espaço para discussão.

Então, bora falar de circuncisão. Ou fimose para os meninos mais velhos.

Faltando agora três meses para a chegada do João, esse assunto surgiu na ordem do dia da família. Não só por conta do meu pai ser judeu, mas também por higiene e estética (sim, estética!). Pesquisei bastante, e os fóruns de bate-papo são inúmeros. Todos defendem fervorosamente suas opiniões.

Vou começar logo dizendo que eu e Pedro resolvemos fazer. Conversei com várias mães que se arrependeram de não terem feito logo próximo ao nascimento, e hoje sofrem com massagens e limpeza (cuidar dos pintos dos meninos dá um trabalhão!). Pela questão religiosa, eu acho bacana manter a tradição. O Pedro, ateu convicto, entende esses ritos tradicionais, mas é a favor da circuncisão pensando do ponto de vista da saúde.

A circuncisão é a retirada cirúrgica do prepúcio do pênis, operação que é realizada por diferentes culturas. Judeus e muçulmanos a praticam há mais de 5 mil anos, e é considerada um dos procedimentos cirúrgicos mais antigos da humanidade. Curiosidade: como isso começou? Por que? Se algum historiador souber a resposta, help me!

No caso da religião judaica, ela é feita no oitavo dia após o nascimento do bebê e pode ser realizada em casa. O profissional que cuida da cerimônia é um mohel. Cheia de significados e simbolismos, os padrinhos trazem o menino nos braços e o entregam para o escolhido pelos pais que irá segurá-lo na hora do, em hebraico, Brit Milá. Essa tarefa compete à um homem judeu e é considerada uma grande honraria. Depois de falas e rezas, o mohel realiza a circuncisão, sem anestesia. E a dor? Bom, dizem que com essa idade, o bebê não sente tanto, e a cicatrização é muito mais rápida. Não são dados pontos.

Já o procedimento cirúrgico em bebês é feito no hospital, com anestesia e pontos…. ai eu já acho um tanto traumático para a criança. Sem falar que se deixamos para fazer quando estiver mais velho, o sofrimento é ainda maior. Perguntem para seus pais, maridos e irmãos!

Bom, muitas são as dúvidas, mas o que é mais importante é se informar, com pessoas de sua confiança, e escolher o que você acredita ser o melhor pro seu garotão.

 

*Crédito da imagem:  Rachel Savage Photography

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3 Comentários

  1. 5 de Fevereiro de 2014 at 17:47 — Responder

    Oi, Renata!
    Sou eu, a Bia Câmara!
    Vim conferir seu post!
    🙂
    Acho legal que cada mãe defenda sua escolha, quando ela está embasada em leituras e bons argumentos científicos para respaldar sua escolha…
    No seu caso, ainda tem a questão da tradição religiosa, que pesa bastante…e acho válido manter a tradição, quando isso é importante para os pais…
    Mas tem um “porém”…dizer que “dói menos” é mito, viu? rs…
    A dor é a mesma…os bebês sentem o mesmo que nós!
    Não existe uma forma de se medir a intensidade da dor e tudo o que dizem em relação a isso é “achismo”…
    Sendo assim, vale a pena pensar nisso de forma prática e já ir refletindo sobre como vc pode amenizar a dorzinha que ele vai sentir…porque é fato que vai doer…

  2. Renata Wagner
    11 de Fevereiro de 2014 at 12:14 — Responder

    Obrigada, Bia!
    Bjocas

  3. Juliana
    13 de Fevereiro de 2014 at 23:24 — Responder

    Renata,
    Também espero um menino para o final de abril. Como vc, também sou de família judaica, daquelas bem low profile, sem encanações.
    Ponderei muito a questão da circunsisao, levei em conta os mesmos fatores que vc e corri atrás do que havia de estudos…
    Já ia me decidindo pelo Bris, quando me deparei com um documentário no Discovery Chanel sobre um americano que fundou uma ONG para concietizar as pessoas sobre a circunsisao.
    Bom, to cut short a long. story, o tal rapaz provava por A+B, com diversos estudos científicos e a própria experiência (ele era ciecunsisado e tinha mais de 40 anos) que, com o passar do tempo, os homens circunsisados perdiam a sensibilidade na cabeça do pênis, o que prejudicava muito a sua vida sexual.
    Talvez nossos antepassados milenares nem vivessem o suficiente para sofrer com isso e os avós e pais nunca tenham tocado no assunto… Fato é que, ao comentar a tal história com um amigo judeu, de 30 e poucos anos, de família supertradicional e para o qual o Bris nem se questiona, ele me disse com todas as letras: eu vou fazer no meu filho sem dúvida, mas vc nao precisa me mostrar o Discovery Chanel pra provar que tira a sensibilidade… Tira mesmo, eu sei na prática.
    Como eu nao tenho um pipi e nao posso afirmar na prática, resolvi confiar na ciência e nao circunsisar.
    É uma decisão pra lá de pessoal, mas achei que vc ia querer pelo
    Menos saber dessa história.
    Bjs e boa sorte com o baby,
    Juliana

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