Primeiro que deixar claro que não sou uma pessoa mentirosa. Tudo o que vou contar aqui não poderá ser utilizado pelo meu filho quando ele crescer contra mim (Viu, Adam?). Faço por amor. As minhas mentiras para meu filho começaram bem bobas e nada elaboradas, mais para conseguir que uma tarefa fosse realizada do que qualquer outra coisa. “Se você não escovar os dentes eles vão cair.” ou “Tem que comer toda a cenoura para ficar forte.” #quemnunca
Sim, a gente precisa rebolar e suar a camisa para criar e cultivar uma rotina. E com o passar do tempo e do entendimento dele, tudo foi ficando também mais elaborado. Quando percebi, vi que alguma parte de meus comandos vinham justificados por uma mentira branca, como dizem, mas, mesmo assim, mentira, e não fiquei nada feliz com isso. Enquanto estou revendo o que posso ou devo retirar, faço desse post um confessionário e abro a minha sacola do Pinóquio.
- Quando estou cansada, acabo empurrando a brincadeira para o meu marido (foi mal marido). “Papai adora brincar de … (coloque aqui o que quiser ou precisar) e está esperando você.”
- Quando não quero que ele coma mais biscoito ou aquele petit iogurte. “Ah filho, desculpa. A mamãe esqueceu de comprar.” NOTA: Esconda os produtos antes de dar a desculpa, os pequenos precisam ver para crer.
- Quando bate a vontade de tomar refrigerante na hora da nossa refeição juntos. “Mamãe pediu suco, você quer sua água geladinha?”
- Quando ele não quer parar para almoçar e fica em 2001 posições para comer: “Filho, se comer deitado a comida vai para a sua cabeça e vai sair pelos ouvidos.” ou “Comer andando vai levar a comida lá para o seu pé.”
- Quando eu precisei que ele ficasse quieto para tirar a foto do passaporte: “Filho, o Mickey está esperando a sua foto. Ele quer saber quem é a criança que quer ir lá na casa dele.”
Uma coisa eu decidi, não vou fazer da mentira uma arma, nada que possa levá-lo ao medo irracional e incompreensível: não existe monstros no escuro, a bruxa não vem pegar.
Crédito de imagem: The Wolf