Esse é o terceiro post sobre estimular o bebê em seu desenvolvimento. Começamos com 10 maneiras de estimular o seu bebê até 3 meses seguido de 10 maneiras de estimular o seu bebê de 3 a 6 meses.
Muito do que aprendemos nos seis primeiros meses estimulando nossos bebês, como contato visual, cosquinhas, surpresas, carinhos, estímulos usando a palavra, são lições que devemos seguir enquanto nossos filhos precisarem de nós, somente aumentando o “nível de dificuldade” na medida em que eles crescem.
A partir dos seis meses acontecem coisas incríveis com nossos pequeninos. A maioria começa a sentar com mais segurança, outros começam a lidar com o nascimento dos primeiros dentinhos, a engatinhar e alguns apressadinhos até começam a andar.
Quando a Vicky era um bebê, minha sensação era a de ser uma observadora e que ela estava se desenvolvendo sozinha diante dos meus olhos. Mas muito dos estímulos que estamos apresentando nesses últimos posts são tão simples que os fazemos instintivamente. E é isso que eu queria deixar claro aqui: que não temos nenhuma intenção de “apressar” o desenvolvimento dos bebês, mas ajudar as famílias a identificar formas de estímulo através de vínculo e atenção.
- Brincando com blocos
A partir dos seis meses, bebês conseguem pegar blocos e analisá-los (e colocá-los na boca), mas ainda demora pelo menos mais uns seis meses até que eles consigam empilhar e construir. Ainda assim, eles adoram. Brincar com blocos trabalha a coordenação motora fina e habilidades como o de apertar e agarrar com as mãos.
- Barriguinha para baixo
Deixar o bebê de barriga para baixo é o primeiro passo para que o bebê não só engatinhe, mas desenvolva uma série de habilidades motoras. Se o bebê não gosta dessa posição, aqui vai uma boa dica para deixá-lo mais confortável. Deixe ele deitado de bruços em cima do seu peito. Fale com ele, beije, faça carinhos, deixe ele se mover, role com ele de um lado para outro.
- Ir atrás do que quer
Ainda sobre barriga pra baixo, uma brincadeira que pode deixá-lo curioso é: deixe dois dos seus brinquedos prediletos perto dele, mas fora do alcance e observe enquanto ele tenta pegá-los tentando se mover ou mesmo começando a se arrastar. Isso trabalha causa e consequência, estimula curiosidade, ensina os primeiros passos para começar a engatinhar.
- Cadê a mamãe?
Esconder o rosto com as mãos ou atrás de um objeto diverte e dá para arrancar as risadas mais divertidas do bebê. Mas também ensina o conceito de permanência, ou seja: apesar de não conseguir ver a pessoa, sabe que ela ainda está lá.
- Brincando com gelo
Essa eu aprendi recentemente com uma amiga pedagoga. Faça brinquedos que boiam colocando pequenos brinquedos dentro de uma bandeja de fazer cubos, encha com água e deixe congelar. Na hora do banho coloque os cubos de gelo dentro da banheira e observe o bebê tentando pegar os cubinhos dentro da água, rolando e brincando. Para incrementar você pode congelar água colorida.
- Fale, fale e fale mais
Embora o bebê não saiba falar, ele está ouvindo tudo o que você tem a dizer. Bebês aprendem para depois poder reproduzir os sons até finalmente aprender a palavra. Por isso continue conversando, explicando aonde vai, o nome dos objetos, o nome das coisas que ele está em contato ou enxergando ao seu redor. Vai chegar um dia em que ele vai tentar te copiar, imitando os fonemas.
- Engatinhe com o bebê
Em algum momento entre os 6 meses e 1 ano é provável que seu bebê engatinhe. E eu digo provável, por que alguns simplesmente pulam essa fase. Mas, caso o seu filho comece a engatinhar nessa fase, uma brincadeira engraçada é fazer um “campeonato” para ver quem engatinha mais rápido. Coloque um brinquedo na “linha de chegada” e não se esqueça de dramatizar. O mais legal é que uma brincadeira engraçadinha como essa ensina seu bebê a lidar com emoções, foco e coordenação motora ampla.
- Conte histórias
Ler, falando sobre as imagens de um livro e contar histórias ajuda seu bebê a desenvolver a linguagem e a imaginação. Faça da leitura uma rotina diária.
- Atirando tudo para todo lado
Formosura está no cadeirão. Come daqui, brinca de lá. Tudo o que ele pega com a mão para automaticamente no chão. Ele olha pra baixo e se diverte com aquilo. Você pega e devolve. A mesma coisa. Dez minutos se passam e, se você ainda não perdeu a paciência, vocês continuam dançando a mesma música. Eu prometo que é não é para te irritar. Essa “brincadeira” ajuda na coordenação motora, conceito de permanência e ainda causa e consequência. Além de ser um desafio e tanto superar velocidade e distância a cada “tacada”.
- Esteja presente para brincar, não só cuidar
Para as mães que já voltaram a trabalhar esse pode ser um tópico doloroso. Eu bem sei que foi difícil para mim. Mas esteja presente, e não precisa ser o tempo todo. Reserve um tempo pela manhã antes de começar os afazeres diurnos, chegue em casa no final do dia e assuma tarefas que não sejam só cuidados, mas também de brincar. Lembre-se de uma coisa muito simples: não há a menor necessidade de encher seu filho de brinquedos. Nesse ponto do desenvolvimento o melhor brinquedo ainda é você.
Leia mais: eu já falei sobre esse binômio cuidar x brincar em duas ocasiões: Mãe que brinca x mãe que cuida e Mãe que trabalha x mais tempo com seu filho.
Imagem destacada: Shutterstock S.Borisov
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