Dossiê febre infantil – o que fazer, como identificar, cuidar e tratar

Se tem um assunto que deixa toda mãe triste e impotente é filho doente. Basta uma febre para a gente sair correndo em desespero. Mães de primeira viagem são as primeiras a querer se certificar de que está tudo bem, por isso, depois de 4 anos de maternidade, muita pesquisa e ajuda médica, escrevo para vocês tudo o que você precisa saber sobre febre infantil, como identificar, cuidar e tratar e não se desesperar.

 

O que é a febre?

A febre não é uma doença, ela é um aviso do organismo de que alguma coisa não vai bem, fazendo com que o nosso sitema imunológico (de defesa) fique atento para identificar e aniquilar o inimigo. Uma das maneiras é aumentando a temperatura corporal e causando a tão temida febre.

Os vírus são mesmo os maiores causadores de febre infantil e na maioria das vezes o corpo consegue por si só, se desfazer deles sem nenhuma ajuda externa.

A febre é medida em graus (aqui no Brasil medimos em Celsius – ºC) e representa o aumento da temperatura corporal acima de 37°C (medida axilar). O organismo infectado reage com “criando” a febre para ajudar o sistema imunológico a combater a infecção. Os pediatras porém, recomedam uso de medicação antitérmica apenas quando a temperatura estiver acima de 37,8°C ou 38°C.

 

Meu filho pode ter convulsões?

Com o aumento da temperatura corporal, geralmente bem acima de 39º C, pode ocorrer convulsões. mas esse é um dado que não visa gerar alarde, isso acontece bem raramente (menos de 4% das crianças) e geralmente a convulsão febril ocorre apenas uma vez na vida dos pequenos (75% das crianças).

 

Como medir a febre?

A temperatura corporal no bebê deve ser medida com o termômetro, tal qual fazemos em nós mesmos. A única dica aqui e escolher um método que seja mais rápido e confortável para o seu filho. As medidas podem ser: axilar, oral, auricular, temporal ou retal. Escolha qual termômetro utilizar para cada situação.

  • Axilar- não é a medida mais exata ou precisa, mas é a que mais utilizamos por aqui. Para uma boa medida é necessário que a axila esteja seca e que as crianças ou bebês não estejam encasacados ou enrolados em mantas sob o risco de aumentar a temperatura acusando um falso positivo. Somente se considera febre uma temperatura axilar acima de 37,5°C.
  • Retal – é a medida mais precisa para aferir a temperatura corporal, mas se usa bem pouco, especialmente em bebês e crianças pequenas por causa do risco de acidentes, que podem causar até mesmo perfuração intestinal.  O termômetro ideal é o de ponta flexível. Como a temperatura retal é mais alta do que a axilar (que usamos normalmente) a febre só é considerada quando for maior do que 38°C.
  • Oral – é considerado um bom método para se aferir a temperatura do corpo, só se pede que a ingestão de líquidos quentes ou frios tenha ocorrido em um intervalo de 15 minutos anteriores a medida da temperatura.  Como mãe, considero esse o pior método. É muito difícil conseguir que o se filho fique ali paradinho com um termômetro debaixo da língua. Outra dica: Nunca use o termômetro de mercúrio em aferição de temperatura oral, sob o risco da criança morder o termômetro e além do vidro ter a toxicidade do mercúrio. Somente se considera febre quando a temperatura for maior que 37,8°C.
  • Auricular – cada vez mais utilizado, principalmente em consultórios médicos, talvez devido a similaridade da temperatura do ouvido com à do reto. Não se esqueça de usar a cápsula protetora de plástico na ponta do termômetro, importante também ler as instruções, a medida correta se obtém colocando a ponta do termômetro no interior do ouvido e apontando na direção ao nariz da criança. Considera-se que a criança está com febre quando a temperatura for maior do que 38°.
  • Temporal – varia em função da idade, mas, somente acima 37,8°C a 38°C seria considerado febre.

 

Tipos de termômetros:

Termômetro de mercúrio – é o mais tradicional de todos e que nos acompanha há gerações. Sua leitura nem sempre é simples, exigindo um pouco de prática e boa vista e exige que se mantenha o termômetro em um mesmo local (geralmente axilar ou oral) por um período médio de 3 minutos, antes de se realizar a leitura.

Antes de cada uso é preciso recolocar o mercúrio em uma posição abaixo da marca de 36°C e higienizá-lo com um algodão ou gaze embebido em álcool.  Sou fã desses termômetros antigos, mas cada vez mais os médicos estão deixando de recomendá-los porque correm o risco de quebrar e causar toxicidade.

 

Termômetro digital – Atualmente eles são facilmente encontrados e a um preço bem mais baixo, facilitando a sua entrada no mercado. Como o nome já diz, ele mostra a temperatura como um relógio digital, não deixando margem para qualquer tipo de erro, sem falar que são de leitura mais rápida do que os termômetros de mercúrio. Em 60 segundos ele já apita, permitindo que se faz a leitura.

 

Termômetro infravermelho – Sendo o modelo de termômetro mais caro que existe no mercado, os termômetros com tecnologia de raios infravermelhos oferecem 3 tipos de leitura: à distância (5 cm da testa), os de leitura auricular e os de leitura em contato com a testa. Práticos de ser utilizados, oferecem leitura da temperatura corporal em poucos segundos (6 segundos em alguns modelos).

 

Chupeta termômetro – A medida necessária só se consegue com o medidor do termômetro colocado embaixo da língua. Na chupeta, o medidor se encontra na língua e não fornecerá uma medida real e aceitável. Vai ser jogar dinheiro fora!

 

Fitas ou adesivos para têmpora (testa) – Existem dois tipos, um que se coloca na hora da aferição da temperatura e outra que pode ficar até 36h coladas na testa da criança (surreal). Ambos modelos mudam de cor de acordo com a temperatura do corpo. Médicos não recomendam seu uso por não serem precisas.

 

NOTA: Seja qual for o método, certifique-se de ler com atenção as instruções que vieram com o termômetro.

 

 

Quando procurar o médico?

  • Se o seu bebê for menor do que 6 meses de idade;
  • Se a criança estiver bastante sonolenta ou dormindo mais do que o normal;
  • Tosse persistente;
  • Calafrios e tremores;
  • Queixa de dores constantes;
  • Crianças com doenças pré-existentes como cardipatias, doença pulmonar e doenças imunológicas;
  • Se o sintoma surgiu após viagem (principalmente ao exterior);
  • Se a criança apresentar uma dor pontual, abdômen, ouvido ou na garganta;
  • Muitos médicos dizem que se o seu fiho está quente, mas continua correndo pela casa, não é preciso medicá-lo.

 

 

Febre infantil O que fazer ?

 

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  • Esteja atenta aos sinas que o seu filho dá, principalmente se ele for mais velho.
  • Hidratar – oferecer água e líquidos para manter a criança hidratada.
  • Roupas leves – não aqueça ainda mais o corpo do seu filho. O ideal é colocar roupas leves e de tecido natural.
  • Não dar banhos frios nem quentes – a temperatura da água deve ser sempre temperada. O uso de compressas nas axilas e testa é mais indicado.
  • Estudos científicos mostram que para 1ºC aumentado na temperatura corporal, aumenta-se também o consumo de energia em 12%. Sendo assim, ofereça refeições em menor quantidade com mais frequência. Prefira alimentos leves e de fácil digestão, evitando açúcares e gorduras.
  • Medicamentos – de acordo com a orientação médica. A febre é um sintoma, então é necessário identificar o que está levando seu filho a ter febre e tratar. Os remédios para febre só vao aliviar o desconforto causado por ela.

 

Crédito de imagens: Shutterstock

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