A icterícia neonatal é uma condição bem comum nos recém-nascidos e acomete mais de 50% dos bebês saudáveis nos primeiros dias depois de nascer. Como característica, deixa pele e a parte branca dos olhos com uma coloração amarelada. Esse processo é causado pelo excesso de bilirrubina no sangue, em níveis acima de 5 mg/dl (miligramas por decilitro de sangue). A bilirrubina é uma substância amarelada produzida pela quebra das células vermelhas sanguíneas (hemácias) e, em condições normais, passa pelo fígado e é excretada pela bile no intestino, mas quando a produção de bilirrubina é mais rápida do que a capacidade do fígado de removê-la do sangue, dá-se a icterícia.
Os fatores que propiciam a ocorrência da icterícia em recém-nascidos são:
- Maior produção de bilirrubina do que os adultos devido a maior quebra das hemácias;
- Possuem um fígado ainda imaturo e com pouca capacidade de remover adequadamente a bilirrubina no sangue;
- Uma grande quantidade de bilirrubina sendo absorvida no intestino. O mecônio possui grande quantidade de bilirrubina.
Nos casos leves a moderados de icterícia, os níveis de bilirrubina diminuem em cerca de 2 semanas de tratamento. Nos casos mais intensos pode ser necessária a realização de tratamento com fototerapia ou a transfusão sanguínea para evitar que níveis altos ocasionem alguma lesão neurológica (fato que é bem raro).
Como a icterícia neonatal aparece em 24h a 48h após o nascimento, o pediatra (ainda na maternidade) fará o diagnóstico, indicando a melhor abordagem terapêutica. Na maioria das vezes um banho de sol resolve, portanto não é necessário alarde. Em caso de dúvida, não deixe de falar com o pediatra do seu filho.
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