Querido namorado,
(Posso te chamar assim ainda? Quero poder te chamar assim para sempre, para nunca perder aquele frio na barriga, o gosto da descoberta que só um namoro traz.)
Esse dia dos namorados vai ser diferente. Nosso amor, de tão grande, deu frutos: um filho. O jantar será em casa, os beijos serão interrompidos por um chorinho vindo do quarto ao lado, e eu talvez adormeça durante o filme, mas não poderia desejar um programa melhor, nem mais romântico. Eu não poderia estar mais feliz.
Nunca pense que meu amor se dividiu, ele duplicou, porque quanto mais a gente ama, mais amor a gente tem.
Passo horas procurando você em nosso bebê: suas feições, seu jeito de olhar, seu sorriso… E sempre te encontro ali. E sempre me apaixono novamente. Por vocês dois.
De agora em diante os desafios serão outros: precisaremos exercitar diariamente a paciência, como triatletas, e descobrir maneiras de nos reinventarmos como homem e mulher. Tenho certeza que iremos conseguir, que iremos sair pessoas ainda melhores, e nos reconheceremos novamente, e continuaremos de mãos dadas pela vida afora.
Nunca mais vou dizer “não tenho palavras para explicar o tamanho do meu amor por você”, porque agora eu tenho uma palavra, o nome do nosso filho.
Te amo.
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Crédito da imagem do post Carta para o pai do meu filho: Shutterstock
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