Mundo Ovo

10 dicas para combater a ansiedade e o estresse materno


Há vários anos que eu reclamo do mês de dezembro. As pessoas têm aquela mania de procrastinar certas coisas o ano todo e quando chega dezembro dá uma agonia generalizada nas pessoas e as demandas viram urgentes, infinitas e a vida vira aquela corrida de saco com uma colher e um ovo na boca. Tudo ao mesmo tempo, agora.

Mas não dá para passar um mês por ano tomando calmante, né minha gente? Não dá pra começar a sofrer por dezembro em novembro, não dá pra torcer que no ano que vem seja melhor. Tem que aprender a operar no furacão, a se preservar do caos, a fazer com que seu corpo e sua mente liberem o estresse e a ansiedade extra com alguma leveza.

Só que a gente não é só homem e mulher, a gente também é pai e mãe. E algumas atividades rotineiras para alívio da ansiedade parecem ser difíceis de realizar com os pequeninos em casa. Mas a gente adaptou algumas das inúmeras dicas que já recebemos de especialistas. 10 atividades. Um dia de cada vez, com ou sem criança por perto. Tamo junto!

Livro de colorir

Esquece as mandalas, esquece os jardins floridos. Pega o livrinho da Hello Kitty, pega o caderno de colorir da Patrulha Canina, os lápis de cor das crianças, senta com eles e passa um tempo colorindo. É uma meia horinha de alegria, de prazer, de elogios ao colorido alheio, uma distração para sua mente assoberbada. E eles vão adorar a companhia.

 

Exercícios de respiração

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Procure o seu aplicativo de meditação favorito e comece com cinco minutinhos respirando com as crianças. Vá aumentando o tempo gradativamente até uns 15 minutos. Aqui em casa funciona maravilhosamente bem.

 

Música pra dançar

Por aqui estamos numa vibe latina no melhor estilo Maluma ou Enrique Iglesias. Bastou colocar “Bailando” que eu e Vicky levantamos do sofá e ficamos nos requebrando na sala e cantando alto. Sempre terminamos às gargalhadas com nosso portunhol sofrível. Cantar e dançar é vida, gente.

 

Caminhar ou correr

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Se seu filhote ainda é um bebê, coloque ele no carrinho e vai andar ou correr. Aquela meia horinha em um parque ou no calçadão da praia é maravilhoso para esvaziar a mente. E exercício não só acalma a mente, mas é um dos grandes benefícios no combate ao estresse, ansiedade e depressão. A minha filhotona não cabe mais direito no carrinho, mas vamos lado a lado caminhando ou ela vai de patinete enquanto eu vou numa caminhada mais acelerada. O importante é se mexer.

 

Meu diário

Senta e escreve. Coloca pra fora. Podem ser palavras soltas, frases aparentemente desconexas, um resumo do seu dia a dia ou até mesmo uma história de ficção. Eu sou editora e a escrita faz parte da minha vida. Além de dois a três posts semanais aqui no Mundo Ovo que, por vezes, são absolutamente catárticos. Um dia eu comecei a colocar as ideias no papel. Mentira, coloquei no notes do Ipad. Quando eu vi virou um romance, desses que vai ficar pra sempre guardado na gaveta, escrito em inglês (sei lá por que) e onde depositei todos os meus medos, desejos e esperanças. Todo dia eu escrevi um pouco nele por meses. Um dia a história deixou de fazer sentido e eu entendi que tinha cumprido o meu papel com aquela história. Serviu pra eu me conhecer melhor.

 

Desconecta

Escolha um dia na semana para um detox digital. Nada de tablets, telefones, laptops, televisão. Se desliga do mundo. Vai pro parque sem levar o celular, vai olhar pro lado e ver a cara das pessoas, vai curtir os patos na lagoa enquanto seu filho sobe em árvores. Não atende telefone e não responde ás mensagens. Meu dia de detox digital é, normalmente, domingo. É quando fica todo mundo descarregado e eu recarrego as minhas baterias internas sem a angústia da informação constante, sem o furor desabalado de estar sempre disponível pro amigo, pra mãe, pro chefe, etc.

 

Se aceite

Entenda o que faz com que você não se aceite e vai desconstruindo isso aos poucos. No meu caso, meu maior problema é com o meu corpo. O que eu fiz? Tirei a roupa, me olhei no espelho e reparei em mim de verdade. Nas dobrinhas, na pele branca, nos peitos, no bumbum, no rosto, nos cabelos. Tirei fotos de mim de todos os ângulos. Fui conhecendo cada pinta, cada celulite, cada estria, cada pedaço da minha cinturinha. Fui olhando as fotos e aprendendo a valorizar o que eu tinha de bonito. O colo, o decote, a bundona empinada, a pele branquinha, a falta de rugas aos 43, o cabelo ondulado, o pé de gueixa. E eu tô, aos poucos, me amando mais. E, nessa brincadeira de autoconhecimento, eu emagreci 10 kg de puro amor por mim mesma. Foi a desconstrução de algo que passou anos me angustiando.

 

Natureza

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Praia, parque, mato, trilha. Tá pra nascer coisa que desestresse mais o ser humano do que se embrenhar na natureza. Um banho de mar para limpar as energias negativas; aquele pé descalço na grama; um banho de cachoeira, uma trilha, uma escalada na pedra. Vale qualquer coisa. Mas pega a turminha e se manda pra curtir um pouco de natureza.

 

Ioga

Dê uma chance pra ioga. Eu sempre achei que não era pra mim, que não teria paciência. Mas peguei meu livro, As aventuras do menino iogue, me liguei num aplicativo para iniciantes e comecei a fazer umas poses simples em um tapetinho de ioga de manhã bem cedinho, ainda antes da Vicky acordar. Hoje em dia, fazemos juntas uns 15 minutinhos, nos finais de semana quando acordamos.

 

DIY

Eu sou super desajeitada, mas adoro pequenos projetos DIY. Não me aventuro a fazer nada muito sofisticado, mas de vez em quando pego um projeto no Pinterest e me dedico. Já fiz umas garrafas sensoriais, já derreti giz de cera para fazer enfeites natalinos, fiz brincadeiras com gelatina, fiz uns cadernos manuais para Vicky poder criar os próprios livros. E ela sempre me acompanha, me ajuda e a gente se diverte. E a mente para de pensar por alguns instantes.

 

Imagem em destaque: Shutterstock