Não existe uma evidência científica sequer que prove que os terrible twos sejam um rito de passagem para todas as crianças (e consequentemente para os pais). Mas, ainda assim, quase todo mundo admite que a chegada dos dois anos é um desafio e tanto e que é necessária uma dose extra de paciência para sobreviver dignamente. Mas existe um lado bom dos Terrible Twos, gente! Claro que existe,
Vamos falar a verdade: as crianças nessa idade andam e correm, mas ainda possuem problemas de locomoção e saem esbarrando em tudo, derrubando coisas, caindo a cada dois segundos. Eles ainda não são completamente verbais e com isso mordem, batem, choram e usam todas as alternativas erradas para se comunicar. Odeiam a palavra não (que ouvem 10 mil vezes ao dia) e ainda colocam absolutamente tudo na boca: de folha que cai da árvore até aquele feltro solto do pé da sua cadeira cheio de cabelo (história verdadeira. Eca!). É emocionalmente desgastante. É um trabalho braçal de verdade. Você chora diariamente.
E, na ânsia de lidar com tudo isso, nós, os pais, recorremos ao humor (negro) e trocamos ideias fervorosamente. Em primeiro lugar por que buscamos empatia: nosso filho não pode ser o único monstrinho que está deixando seus cabelos brancos prematuramente; Em segundo lugar por que precisamos saber se existe alguma alternativa que não seja levar uma garrafa de vinho pra dentro do banheiro, se trancar e chorar por uma hora seguida e por fim, por que precisamos acreditar que isso passa.
Pois bem. Passa. Tudo bem levar uma garrafa de vinho pra chorar no banheiro e olha: já escrevemos tanto sobre o assunto, que você já sabe que aqui tem aquele ombro amigo pra você reclamar a vontade. Sabemos que é só desabafo.
Mas o que eu quero dizer é que passamos tanto tempo focando na parte infernal dos terrible twos que esquecemos que a chegada dos dois anos é só um preâmbulo, a porta de entrada para coisas absolutamente maravilhosas e que basta focar nisso para que o desafio seja só um pouco mais tolerável.
7 coisas maravilhosas que acontecem na fase dos dois anos (ou o lado bom dos Terrible Twos)
1) São lindos, deliciosos e são uma versão maxi, que já beija de volta, mas ainda com cheirinho de bebê.
2) São ridiculamente carinhosos. Beijam, abraçam, jogam beijos, fazem carinho, são donos dos sorrisos mais cativantes.
3) São pequenas esponjas de conhecimento. Aprendem rápido tudo o que você ensinar. Desde que eles queiram (risos).
4) São curiosíssimos com o mundo ao seu redor. Querem saber tudo sobre as estrelas, sobre as folhas que caem das árvores, sobre a comida que estão comendo e tudo o mais que cair no campo de visão deles.
5) Possuem raciocínio rápido. Ao mesmo tempo em que usam esse dom para o mal (risos), também conseguem fazer o seu coração bater mais rápido com as doses extras de fofura extrema em suas ações fora de hora.
6) São moldáveis. Essa é das fases mais deliciosas para os pais incutirem bons hábitos nos filhos pois eles ainda estão mais curiosos e abertos a experimentações e menos focados em te desafiar. Mais tarde eles vão ficando mais seletivos e mais propensos a falar (repetir) o mantra NÃO, NÃO, NÃO.
7) Tudo é festa. Nessa idade e por causa do espírito curioso e aventureiro, eles topam qualquer parada. Parque? Sim. Supermercado? Claro. Andar a esmo resolvendo mil coisas chatas? Por que não? Basta que você se organize e entre no esquema de fazer as coisas no horário que seja longe da soneca, entregue pra ele meia dúzia de distrações (uma de cada vez) e tá tudo certo.
E a verdade? Passa rápido.
Passa TÃO rápido. A parte chata é bem chata, mas cada fase é uma delícia diferente e uma chatice diferente. A cada ano que passa são diferentes desafios, obstáculos, mas sobretudo uma oportunidade de vivermos momentos maravilhosos ao lado dos pequeninos.
Por isso meu conselho é que você pare de ouvir a gente (mães de crianças mais velhas) resmungando sobre os terrible twos. Eles são terrible, mas com os óculos cor de rosa, também podem ser WONDERFUL.