O primeiro mês do bebê é marcado por uma constante adaptação, falta de sono, insegurança e muitos (muitos!) momentos em que mordemos a língua.
Quebrei a cara, mordi a língua, mudei de ideia. Saí do primeiro mês do bebê Martin com uma pequena lista de convicções da gravidez que foram totalmente abandonadas no puerpério. Mas confesso que nem me surpreendi.
O primeiro mês do bebê de uma mãe de primeira viagem é recheado de primeiras experiências. Até o momento do parto, nós organizamos a vida todinha de acordo com a experiência dos outros. E nos enchemos de certezas que, provavelmente, cairão por terra.
Essas foram as minhas:
1. não ter um berço
A nossa ideia era que no primeiro mês do bebê (e até quando quiséssemos) ele dormisse no nosso quarto. Compramos um carrinho com moisés super confortável para isso. Depois, ele migraria de vez para o quartinho Montessori fofo lindo que montamos. E, assim, pensamos em não investir em um berço. Parecia besteira.
Na nossa lógica, Martin usaria o colchãozinho no chão para as sonecas durante o dia e o moisés para a noite. Por que não? Assim, ignoramos todos os conselhos que diziam que não era prático. Disseram que não íamos aguentar, que o berço era mais seguro, que seria mais confortável pra gente e pro Martin…
Os palpiteiros (também conhecidos como avós) estavam todos certos.
Além de todas essas coisas, também descobrimos e sentimos outras tantas com a experiência do primeiro mês do bebê. Eu mesma, a maior advogada da cama montessoriana, passei a achar que um berço daria uma sensação maior de aconchego. E que, no momento, aconchego é mais importante na hora de dormir.
Então, compramos um berço (que ainda não chegou). E deixamos a ideia de caminha montessoriana para quando ele for maiorzinho. Por enquanto, ele continua no nosso quarto.
2. o bebê vai ser adaptar à vida normal da casa
Eu estou rindo mas é de nervoso. Claro, mas é claro, que isso era uma bela ilusão de pais de primeira viagem. A gente até tentou manter a rotina de dormir tarde, ouvir música alta e não se preocupar com barulhos quando o bebê chegou. Assim como a história de não ter berço, eu tinha ótimos argumentos.
A minha casa sempre foi muito viva, com muita gente e com uma programação até tarde da noite. A ideia era que o bebê se adaptasse a isso tudo e se acostumasse com confusão e barulho, e se acostumasse a acompanhar os nossos horários. Não, né, minha gente.
Hoje temos uma rotina estabelecida. Tem hora do banho, hora de apagar as luzes, hora das visitas irem embora para não atrapalhar o sono do bebê… Ele moldou nossa nova rotina e “impôs” minha nova hora de acordar, de tomar café da manhã, de trabalhar etc.
almofada de amamentação
Pois é. Eu achava almofada de amamentação uma besteira desnecessária. Não queria gastar dinheiro com ela. Fazendo o enxoval, passei direto por ela nas listas. Eu pensei: “Ah, peloamor, é só usar qualquer almofada ou travesseiro que dá jeito”. Opa, não.
Durante o primeiro mês do bebê, principalmente no comecinho do puerpério, ela foi essencial. Eu senti necessidade dela ainda na maternidade. De cara, vi que ia precisar de algo ergonômico e confortável – ainda mais com o bebê engordando muito. Meu pai foi na rua correndo comprar uma, e ufa, hoje não vivo sem.
Eu ainda espero quebrar a cara várias vezes na minha vida de mãe. E você? Como mordeu a língua com sua cria?
1 Comment
Adorei o post! Estou grávida e encontrando argumentos para não comprar o berço, mas acho que vou repensar… rs