O American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) lançou um novo guia para tornar o parto vaginal após cesárea (VBAC) mais acessível para as mulheres interessadas. De acordo com as estatísticas, 60 a 80% das mulheres conseguem ter um parto vaginal depois de cesárea.
“Apesar de um aumento de 23% de VBACs entre 1985 e 1996, essa taxa tem caído desde então, enquanto o número de cesarianas continua aumentando”, diz o Dr. Mark Turrentine. “Isso é o oposto do que queremos, e acontece porque ainda existe muito desconhecimento sobre a segurança de um VBAC e reticência em considerar essa uma opção viável devido a preocupação com a responsabilidade médica.”
Alguns hospitais americanos de recusam a fazer parto vaginal após cesárea (VBAC)
O novo guia é uma tentativa de mudar a política de certos hospitais americanos que se recusam a fazer VBAC. Para a ACOG essa deve ser uma opção disponível para as mulheres que desejam um parto vaginal e são candidatas adequadas – para isso deve haver uma avaliação médica do histórico da paciente e seus riscos e benefícios. As orientações enfatizam no entanto, que o VBAC não deve ser tentando em casa e que o hospital deve ter uma emergência disponível.
O VBAC diminui o risco de hemorragia e infecção, além de trazer uma recuperação mais rápida para a mulher. Por outro lado, aumenta o risco de ruptura uterina – ocorre em menos de 1 a cada 100 mulheres. Segundo a ACOG essa é uma das principais razões da taxa de VBAC ter caído.
VBAC é uma opção segura para candidatas adequadas
Desde 2010, a ACOG defende o VBAC como uma opção segura e adequada para mulheres que tiveram uma cesárea anterior e são candidatas apropriadas, incluindo aí mulheres que tiveram duas cesarianas anteriores. A decisão de tentar um parto vaginal depois de cesárea é uma decisão conjunta entre paciente e médico, depois de uma avaliação criteriosa.
O ACOG é uma organização americana fundada em 1951 que reúne profissionais empenhados em melhorar a saúde da mulher. Atualmente, ela conta com 58 mil membros.
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