Um dos bicho papões da maternidade, a meningite é uma palavra que assusta qualquer mãe. E não é para menos. A doença é grave, pode deixar sequelas e até levar à morte. Mas precisamos falar sobre ela, e precisamos falar já, pois a melhor maneira de evitá-la é a imunoprevenção, e a melhor maneira de tratá-la é por meio do diagnóstico precoce.
Para conscientizar sobre esse problema, participamos de um evento em São Paulo promovido pela GSK. Aprendemos mais sobre a doença graças a uma palestra esclarecedora da Dra. Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações. Conhecemos a fotógrafa australiana Anne Geddes, embaixadora global da causa e responsável pelas emocionantes fotos da campanha mundial Win for Meningits, com retratos de sobreviventes da doença. Nos emocionamos com as imagens e nos emocionamos com as histórias de cinco atletas paralímpicos que estavam presentes: o Fillipe, a Suelen, o Andrey, a Júlia e Ivanilde, campeões que sobreviveram à meningite.
Para fazer as fotos da campanha, Anne Geddes viajou o mundo conhecendo crianças e adultos que tiveram sequelas graves causadas pela meningite e suas histórias. As imagens são fortes, mas para a fotógrafa a ideia principal não é chocar, mas mostrar a beleza da superação e conscientizar que nenhuma criança precisa passar por isso
Outro momento emocionante do evento de ontem foi ouvir as histórias dos atletas paraolímpicos
Suelen Marcheski tem 17 anos e pratica atletismo. Ela teve meningite ainda recém-nascida e teve danos cerebrais.
Andrey Pereira Garbe tem 19 anos e é atleta de natação há 10 anos. Ele perdeu a perna aos dois anos por causa da meningite.
Jhulia Karol dos Santos compete no atletismo nas provas de 100/200 metros. É a terceira melhor do mundo em sua categoria. Ela é natural do Pará e ficou cega aos 6 anos de idade devido à meningite.
Ivanilde Cândida pratica o basquete em cadeira de rodas. Teve meningite aos 8 meses e perdeu dedos dos pés e das mãos, além de ter ficado com má-formação no braço.
Fillipe Santos Silvestre, tem 33 anos é carioca e perdeu a visão aos três anos depois de ter meningite. Medalhista olímpico, ele pratica Goal Ball.Ele nos contou que sobreviveu à doença mas não deseja que ninguém passe pelo que ele passou.
SOBRE A MENINGITE
É importante saber que a meningite não é uma única doença, as causas são várias. Dentre as que são causadas pelo meningococo (bactéria), existem cinco tipos que causam a maioria dos casos de doença meningocócica: são eles A, B, C, W e Y. No Brasil, em 2014, o meningococo C foi responsável por 70% dos casos da doença; o sorogrupo B, por cerca de 20%; e os 10% restantes foram causados pelos sorogrupos A,W e Y, considerando todas as faixas etárias.
Apesar de tipos diferentes, o quadro clínico inicial é semelhante:
- febre
- prostração
- rigidez na nuca
- vômitos
- dor de cabeça
A meningite meningocócica pode ser acompanhada do surgimento de petéquias, que são manchas avermelhadas no corpo. É importante correr para o hospital nos primeiros sinais da doença, pois a intervenção precoce é capaz de salvar vidas. O risco de morte pela doença é alto: 10% a 20%. Dos que sobrevivem à doença, cerca de 10% a 20% ficam com sequelas como surdez, cegueira, problemas neurológicos e membros amputados.
O meningococo é transmitido por meio de secreções respiratórias e da saliva, felizmente a bactéria não é tão contagiosa como o vírus da gripe e é necessário um contato próximo ou mais demorado com o portador.
A vacinação é a principal forma de prevenção. Saiba mais sobre a meningite no site Casa de Vacinas da GSK: bit.ly/1pbsF6m
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