Adolescentes. Devemos, podemos nos intrometer?

A adolescência é um período complicado tanto para os pais que acompanham seus filhos, quanto para as crianças, se é que ainda podemos continuar chamando-as assim.

É nessa fase que nossos filhos, deixam apenas de ser nossos para fazer parte do mundo, com suas próprias ansiedades e questionamentos. É um momento de diferenciação das figuras paternas para assim poderem se tornar indivíduos diferentes de seus pais, que até pouco tempo eram seus heróis.

E então, que papel desempenhar com essas crianças, até onde ir?

O importante nessa fase é estar por perto, acompanhar, muito mais como um ouvinte e telespectador do que como um participante da cena.

Estar por perto é essencial, porque nessas horas temos que estar de olho nas novas companhias, nos novos hábitos e etc. E é uma tarefa difícil, porque o adolescente se comporta de uma maneira muito inconstante, em um minuto ele é independente, em outro quer carinho e colo, em outro momento é tranquilo e calmo e em outro é rebelde e questionador. Ou seja, ele oscila entre o papel de criança e de adulto tentando achar o seu lugar.

Alguns jovens passam por essa fase de maneira mais tranquila e outros não, mas acredito que entender que essas particularidades fazem parte do processo, torna o relacionamento com eles um pouco menos difícil.

Uma nova pessoa está tentando se constituir e isso é tarefa dele, mesmo que esse “ele”, seja nosso filho.

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