Em agosto, nos encontramos com as blogueiras que participam, como nós, da Rede de Conteúdo Natura Mamãe e Bebê. O objetivo era refletir juntas sobre questões acerca da maternidade.
Foi um dia muito rico, de conversas e trocas generosas de experiências. Um dos assuntos que mais falamos foi sobre vínculo. Muitas mães presentes ainda têm filhos bem bebês. Elas falavam sobre a delícia que é o momento da massagem. A Constança, filha da Luíza do blog Potencial Gestante, então com 2 meses, estava presente e era o tempo todo tocada, acariciada e acolhida pela mãe.
Foi quando percebi, espantada e até um pouco contrariada, que na medida em que o meu filho foi crescendo e desenvolvendo sua fala e argumentos, passei a priorizar nossas trocas intelectuais e a diminuir a quantidade de afagos. Natural até certo ponto, claro, porque não carrego mais ele no colo para cima e para baixo. Por outro lado, tocar o outro gera um vínculo forte demais entre mãe e filho para ser deixado de lado.
Eu e meu filho, o tempo todo em que estamos juntos, estamos falando. Quando penso em tempo de qualidade ao lado dele, penso em atividades físicas, cinema, refeições, videogames, brincadeiras. Estamos sempre fazendo alguma coisa e pensando, pensando, pensando e falando, falando, falando.
E nesse mundo hiper cheio de estímulos, chegamos ao fim do dia cansados. Os dois, exaustos. Ele, aceleradíssimo, e eu sem muita paciência, implorando para que ele fique mais calminho enquanto tento cumprir o mais rapidamente possível o conjunto jantar-banho-hora de dormir. Para depois eu poder, enfim, relaxar com um banho quente demorado quase no escuro.
Daí soou o alarme que toda mãe tem e que só ela é capaz de ouvir: alguma coisa está errada. Por mais que eu passasse o dia ao lado dele, ficava sempre a sensação de que eu não tinha feito alguma coisa. E a verdade é que estava faltando realmente uma coisa: não fazer nada com ele. Estava faltando o silêncio na nossa vida, um momento em que eu pudesse ser mãe e ele o filho no sentido mais profundo possível, do acolhimento, da proteção e do carinho. Um momento em que eu não pedisse para ele andar logo, em que o tempo não existisse e a gente resgatasse aquele vínculo inicial, quando nos ensinamos a ser quem somos hoje.
Após o encontro com outras mães blogueiras em São Paulo, eu resolvi então voltar a fazer massagem nele no fim do dia, como quando ele era bebê. Não sei porque eu achei que a prática tinha um prazo de validade. Começamos o processo de desacelerar durante o banho, que ele já toma sozinho e eu agora me policio para não apressá-lo. Em seguida ele janta, e na hora de dormir, ao invés da historinha, tenho feito massagem no meu jogador de futebol predileto.
Alguns dias digo que é para descansar os músculos para ele jogar no dia seguinte novamente e que isso faz parte da rotina de todo atleta. Outros dias não digo nada porque não há nada para se dizer, nem justificar. Ele adora. Às vezes a gente conversa, às vezes não. Dura apenas alguns minutos, mas enche o meu coração como se a gente tivesse passado o dia grudado.
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* Crédito da imagem: Lars Plougmann
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