Seu filho lindo, criado com amor em um ambiente harmonioso por uma família afetuosa e pacífica, começou a bater. Sim, seu filho está distribuindo alguns tapinhas por aí, em você, no pai, na avó, no amiguinho da escola, na pracinha e até na babá.
Como? Você se pergunta.
Você que cumprimenta todo mundo, não avança sinal vermelho, fala por favor e muito obrigada e já saiu em algumas fotos fazendo o símbolo da paz e amor, agora é mãe de um menino de 2 anos que começou a bater.
Você mesma, que já criticou horrorizada as crianças mal educadas da mesa ao lado, tem um filho que bate e está sendo criticado pela mulher ainda sem filhos da outra mesa.
Como?
Passada a perplexidade do “não-é-possível-que-isso-esteja-acontecendo-comigo” é hora de agir. Calma, você sabe que é uma fase. Já leu inúmeras matérias falando dos famosos terrible twos, idade em que a criança começa a testar os limites. É uma fase, vai passar, você só precisa ter paciência.
Você tenta de tudo: conversa, castigo, põe pra pensar no banquinho, fala mais alto, fica brava, chora, mas o problema continua.
Você vai na escola, as professoras te tranquilizam: “É uma fase, algumas crianças batem, outras apanham, ele não tem comportamento agressivo, nada fora da curva. Você tem que ensiná-lo a se expressar de outra maneira. Quando ele é contrariado, frustrado ou fica bravo, responde com um tapa; se você incentivá-lo a falar, expressar o que está sentindo, as palavras vão dar conta dos sentimentos e ele vai parar de bater”.
E você só consegue sentir vergonha, muita vergonha. Já perdeu as contas de quantas vezes pegou a mão do seu filho poucos segundos antes de um tapa e acariciou seu rosto forçadamente dizendo: “carinho na mamãe, filho, que gostoso”, tentando disfarçar.
E você continua insistindo para que ele fale. “Bateu por quê? Ficou bravo? Não gostou? Se você não falar, a mamãe nunca vai entender e vai ficar chateada e não vai conseguir te ajudar”. Até que um dia, depois de repetir isso mil vezes durante meses, isso começa a realmente a surtir efeito. Ele começa a falar e vai deixando os tapas de lado. Aliviada você constata que valeu a pena ter paciência.
Mas na semana seguinte, na hora da saída da pré-escola, a professora explica que ele levou uma mordida de uma menina e o braço ficou roxo. Diz também que a menina fez isso porque ele havia batido nela algumas vezes ao longo do mês, apesar de realmente estar diminuindo a frequência dos tapas. Ele mostra o machucado contrariado e eu digo: “Bem-feito! Em vez de conversar, você bateu, a amiga não gostou e fez isso. Doeu, né? Bater nos amiguinhos dói também”.
Coincidência ou não, essa foi a última vez que ele bateu na escola. Algum tempo depois, parou de bater em casa também. O tempo passou, os tapas ficaram pra trás, ele cresceu e se transformou em um menino de sete anos muito calmo, pacífico e legal, que nunca entra em confusão. Realmente foi uma fase que passou, mas que fase…
*Crédito da imagem: woodleywonderworks
4 Comentários
Ola quem de vocês escreveu esse texto? eu vi que vocês são 3! quem foi? será mesmo que passa? foi assim rápido como li no texto? de um dia para o outro?? deixei meu email…se possivel entrem em contato. obrigada!!
#maedoquebate 🙁 🙁
Juro que já tentei isso milhões de vezes e não funciona com o meu.#mãedoquebatemetodos #mãearrasada
Meu filho,faz pirraça, bete,empurra as outras crianças, estou me sentindo uma mae fracassada…me ajudem
Quantos anos ele tem?