APLV e Intolerância à lactose

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Intolerância a lactose

A intolerância à lactose significa que o organismo não é capaz de digerir o açúcar do leite (lactose) existente em produtos lácteos, condição causada primariamente pela deficiência da enzima lactase. Apesar de ser uma doenças com sintomas doloridos e desconfortáveis, não causa maiores problemas após se fazer o diagnóstico.

 

O que é a lactase?

Lactase é uma enzima produzida no intestino delgado com a função de quebrar as moléculas de lactose no alimento que você comeu em dois açúcares simples – glicose e galactose – para que possam ser absorvidos pela a corrente sanguínea. O que acontece na intolerância a lactose é que em algumas pessoas, os níveis de lactase são bem baixos, desencadeando um conjunto de sinais e sintomas.

 

O que acontece então?

Sem lactase suficiente para fazer com que os açúcares entrem na corrente sanguínea, a lactose vai para uma parte do intestino chamada cólon, onde as bactérias intestinais normais começam a agir. Essa interação das bactérias intestinais com a lactose causa os sintomas já conhecidos: gases, flatulência e diarréia.

 

Por que ocorre essa intolerância?

Ainda não está muito claro o motivo do surgimento da intolerância à lactose em crianças menores de 3 anos de idade. Diversas sociedades médicas do mundo todo buscam mais informações. Acredita-se de forma mais geral e genérica que essa intolerância seja secundária a uma gastroenterite. A Sociedade Australiana de Pediatra por exemplo, não recomenda que a mãe precise fazer qualquer restrição alimentar.

Causas:

  • Intolerância à lactose congênita, ou seja, o bebê nasceu assim. Mãe ou pai passaram essa herança genética ao filho, mas cabe ressaltar que os casos são raros.
  • Bebês prematuros também podem ter intolerância à lactose porque a produção desta enzima aumenta somente no final do terceiro trimestre da gravidez.
  • Envelhecimento das células intestinais. Após produzir grandes quantidades de lactase desde o nascimento e durante a infância, quando o leite é a principal fonte de nutrição, há diminuição significativa da produção de lactase quando temos uma dieta mais diversificada e menos dependente do leite.
  • Resultado da doença ou lesão após uma doença, cirurgia no intestino delgado. Exemplo: doença celíaca, gastroenterite e a doença inflamatória intestinal.

 

Sinais e sintomas:

Os sinais e sintomas de intolerância à lactose começam geralmente após a ingestão de alimentos que contenham lactose , podendo demorar de 30 minutos até 2 horas após a ingestão.

  • Diarréia
  • Náuseas
  • Cólicas abdominais
  • Inchaço
  • Gases

 

A severidade dos sintomas dependerá da quantidade de lactose ingerida x a quantidade de lactose que seu organismo é capaz de digerir, é o que chamamos de reação “dose dependente”.

 

Diagnóstico:

Na maioria das vezes o diagnóstico é feito com exame clínico e com base no histórico. Pode ser que o médico faça a sugestão de eliminar por alguns dias a lactose da alimentação da criança e ver se os sintomas desaparecem.

Existem complementares podem ser solicitados, mas poucos são os médicos que fazem essa solicitação especialmente quando os pacientes são crianças.

Exame de tolerância à lactose, em que o paciente ingere um líquido rico em lactose para, depois, realizar um exame de sangue e verificar a quantidade de glucose na corrente sanguínea.

Exame de hidrogênio expirado, em que o paciente também ingere um líquido com altas quantidades de lactose para que o médico, depois, analise a quantidade de hidrogênio expelido pelo hálito do paciente.

Medidor de ácidos. A lactose não digerida produz ácido láctico no organismo, que consegue ser identificado por meio de um medidor de ácidos.

 

Tratamento:

O leite materno ainda é o principal alimento oferecido ao bebê. É muito raro ocorrer intolerância à lactose durante o aleitamento materno, o que alguns médicos podem sugerir é que as mães façam uma dieta isenta de lactose.

A abordagem nutricional para o caso é retirar qualquer alimento que contenha lactose e, aos poucos, tentar introduzir (com orientação médica e nutricional) pequenas quantidades para ver qual a quantidade segura de ingestão de lactose que o seu filho pode comer.

 

O que os dois casos têm em comum ?

 

Ler o rótulo. Você vai querer evitar os produtos lácteos e outros alimentos que contenham lactose ou a proteína do leite de vaca (dependendo do seu caso). Verifique atentamente os rótulos dos alimentos e de produtos de uso tópico (cosméticos e de higiene) cada um dos ingredientes. Tenha atenção para ingredientes sabidamente proibidos para você (seu filho) e outros que você não saiba identificar o que é. Na dúvida não compre.

 

poenorotulo

“A campanha #poenorotulo foi criada em fevereiro deste ano, na internet, por um grupo de famílias de alérgicos. Espalhadas geograficamente, mas bem unidas em um único objetivo: abrir os olhos da população não-alérgica para a necessidade da rotulagem correta de alimentos alérgenos, como leite, soja, ovo, peixe, crustáceos, amendoim, oleaginosas, entre outros. Querem comer com segurança, independentemente de que forma isso aconteça: projeto de lei, resolução da Anvisa ou iniciativa das indústrias. O problema é que, nos rótulos, há falta de clareza em relação à presença dos principais alérgenos alimentares.”

#poenorotulo

 

 

 

 

 

 

Crédito da imagem em destaque: Dennis Skley

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