Por que as crianças mordem?

Apesar da chateação que pode ser a primeira dentição, é mais lindo ver um, dois, três dentinhos nas boquinhas de moranguinho dos nossos filhotinhos. Isto é, pelo menos até você tomar a primeira dentada.

Aqui em casa começou com dolorosas mordidas no peito. Cada vez que ela ficava cansada, feliz, triste, frustrada, excitada ou _________ (insira aqui sentimento do momento), era uma dentada no meu mamilo. Delícia! #sqn

Quando ela começou a experimentar sentimentos que não conseguia lidar ou entender ou a se sentir muito frustrada ou cansada, era um festival de dentadas nas pessoas que ela mais amava: eu, o pai, a empregada, a babá e as primas. E por fim, quando ela foi para a escola, rapidamente se tornou a mordedora. Em qualquer situação de disputa, Victoria sacava suas presas e NHAC!

Demorou bastante para ela sair dessa fase. Mesmo sabendo se comunicar pois aprendeu a falar cedo, ela teve e ainda tem uma dificuldade em lidar com seus sentimentos, sobretudo os de cansaço e frustração.

Por que as crianças mordem

Mas por que as crianças mordem?

Em primeiro lugar, você não está sozinha nessa. Quase toda criança morde, a fim de lidar com um desafio ou satisfazer uma necessidade. Por exemplo, seu filho pode estar mordendo para expressar um sentimento forte (como frustração), comunicar a necessidade de espaço pessoal (talvez outra criança está de pé muito perto) ou para satisfazer uma necessidade de estimulação oral.

Como lidar com a criança que morde?

Crianças pequenas não possuem as competências linguísticas necessárias para expressar necessidades importantes ou sentimentos pulsantes como raiva, frustração, alegria, etc. Morder é um substituto para as mensagens que ainda não podem expressar em palavras. E por isso, a melhor maneira de lidar com a criança que morde é tentar o seu melhor para compreender a causa por trás do ato. Antecipando o problema e, posteriormente, ajudando a criança a lidar com um sentimento são os dois primeiros passos para ajudar seu filhote a superar essa fase.

Outras dicas para contornar a necessidade de morder

  • Frustração – Distrair a criança com o objetivo de reduzir a tensão;
  • Estimulação oral – Oferecer um mordedor, um palito de cenoura, um biscoito ou algo que supra sua necessidade de estimulação oral;
  • Palavras: Ensinar repetidamente (e com muita calma) como ele pode usar as palavras para se expressar seus sentimentos;
  • Disputa de brinquedos – Sugerir formas de compartilhamento. Use um timer de cozinha como um lembrete visual de quanto tempo cada uma pode brincar com um brinquedo particular.

O que fazer quando a criança morde?

  • Em primeiro lugar, acalme-se. Quando o seu filho morde você, outra criança ou qualquer outra pessoa, você vai se sentir frustrada, furiosa, irritada, envergonhada, etc. Todos esses sentimentos são normais, mas responder agressivamente não é uma boa ideia.
  • Em uma voz firme (mas não com raiva), diga: Não morda. Morder dói. Comentar sobre como a outra criança/adulto está se sentindo: Olha, fulano está chorando e está chorando porque você mordeu. Morder dói.
  • Em seguida, transfira sua atenção para quem foi mordido. Normalmente, focamos na criança que mordeu e ela, mesmo negativamente, está recebendo a atenção. Quando os pais mudam o foco e energia para quem foi mordido, estão sendo claros que morder não resulta em mais atenção. Mostrando preocupação e simpatia para quem foi mordido também ensina empatia.
  • Se o seu filho é verbal e capaz de falar sobre suas experiências, voltar e converse sobre as diferentes estratégias que ele pode usar na próxima vez, ao invés de morder: Se seu amiguinho agarrar seu boneco e não te devolver diga: “amigo, esse é o meu brinquedo, me devolva”. Se ele não devolver, fale com um adulto para ajudá-lo.

Lembre-se

  • Aprender um novo comportamento leva tempo. Sua criança vai morder de novo, então continue a observar como, quando e porquê.
  • Seja consistente no seu comportamento.
  • Use sempre as mesmas frases: Não morda. Morder dói. A coerência ajuda a enfatizar a mensagem.
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1 Comment

  1. Nora
    13 de Fevereiro de 2016 at 17:31 — Responder

    Muito bom seu artigo. Sofro bastante com isso, pois meu filho de 2 anos e 9 meses, que até tinha melhorado com o inicio da terapia, tem mordido e arranhado na nova escola. Esta semana mordeu muito forte a professora. Ele está sendo acompanhado com psicóloga e fono, pois tem atraso na fala, mas o progresso parece tão lento : (

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