A competição entre mães existe, não há como negar. Entre mães de bebês, mães de crianças pequenas e até entre mães de adultos. Já repararam? Mas o que acontece?
Seu bebê já dorme a noite toda? Já se arrasta? E engatinhar, engatinha? Essas são perguntas comuns que mães ouvem de outras mães. Mas eu só percebi que elas tinham muito a ver com a competição entre mães de bebês quando eu mesma comecei a questionar outras mães.
Sim, odeio confessar, mas eu sou uma pessoa competitiva. E assim que percebi que meu bebê era um tanto precoce, eu senti o bichinho da competição coçar. Martin acorda uma única vez à noite desde os dois meses de idade, por exemplo. Eu acho que esfreguei essa sorte “na cara” de tanta gente que o karma vai me pegar em algum momento. Risos.
Mas, conversando a respeito com a Mariana, eu percebi que o que pensamos ser competição entre mães de bebês não necessariamente é a vontade de “ganhar” de outra mãe. Comparar bebês pode ser importante para manter controle do desenvolvimento da criança, por exemplo. Além disso, perguntar como anda o bebê de alguém pode não ser sinal de competição, apenas de curiosidade ou preocupação mesmo.
Ao mesmo tempo, a competição entre mães de bebês ou de crianças existe. E temos que tomar um cuidado enorme para que ela não seja nociva. Tanto para o bebê, quanto para a mãe – principalmente para mães puérperas.
Eu não sou a favor da máxima “cada bebê tem seu tempo” porque acho que devemos estar muito atentas aos marcos de desenvolvimento e a possíveis sinais de atraso. Mas acho que cada bebê e cada mãe respondem de formas diferentes a estímulos. E sim, no caso das mães, cada uma tem o seu tempo. Uma mulher não é melhor mãe porque amamenta em livre demanda até 10 meses e não é melhor mãe porque seu bebê dorme a noite toda.
mulheres competem por “natureza”
Nós mulheres fomos ensinadas a competir umas com as outras para provar nosso valor. Não nascemos assim, mas fomos condicionadas a esse comportamento. É esperado que nos sintamos melhor se tivermos empreitadas mais “bem sucedidas” que outras mulheres. Principalmente quando se fala em maternidade e quando se entende maternidade como a função mais importante da vida feminina.
A competição social entre mulheres está cada vez menos frequente – ainda bem. Mas a maternidade ainda é uma porta aberta para julgamentos e maledicências entre mães. É que, socialmente, mães têm valor apenas como mães. E têm ainda mais valor as mães que seguem certas cartilhas.
Competir com outra mãe não é saudável. Pra ninguém. Não é razoável criarmos um ambiente em que outra mãe se sinta desconfortável ou fracassada, quando deveria se sentir acolhida. Não é legal apontar falhas de outra mãe, ainda mais se for algo pautado na nossa opinião. Aliás, é de bom tom evitar esse tipo de coisa com qualquer outra mulher, não acham?
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