Comprar roupa para o bebê parece ser a parte mais fácil (e gostosa!) do enxoval. Mas existe uma coisa que você precisa saber antes de começar.
É quase impossível não se divertir ao comprar roupa para o bebê. Escolher as peças, definir um estilo (ou vários), selecionar cores preferidas, estampas fofas… E depois, lavar tudo, guardar com carinho na gaveta e esperar o dia em que ele vai usar aquele body legal ou aquela roupa de festa especial.
Delícia. Quando a gente menos espera, chega o tão sonhado momento. A gente pega aquele macacãozinho de recém nascido, veste no bebê e… fica esquistíssimo. Não dá direito. Fica grande, fica pequeno, fica curto ou comprido. E aí, meus amigos, é apenas uma progressão infinita disso aí até a idade adulta.
A única coisa que você precisa saber antes de comprar roupa para o bebê é: os tamanhos estampados nas etiquetas não significam muita coisa.
Se não aconteceu quando o bebê vestia RN, vai acontecer em algum momento. Acredite. Assim como os adultos, os bebês e as crianças não têm um tamanho padrão. Um bebê de três meses pode ser bem mais alto e magro que outro bebê da mesma idade. Uma criança de seis anos pode ter pernas e braços mais grossinhos que outra da mesma idade.
E isso significa duas coisas. A primeira é que uma roupinha que tem lá marcado na etiqueta “3 meses” pode servir quando o bebê for recém-nascido ou só quando ele tiver 6 meses. Ou pode nunca servir direito. Pode ser que aos 3 meses, o body fofo que você comprou com tanto carinho, vista bem na barriguinha, mas fique curto a ponto de não fechar.
Aqui em casa o Martin, com seis meses, usa roupa de 3, de 6 e de 9 meses. Alguns pijamas de 12 meses já vestem bem, apesar de ficarem meio compridos demais. Isso quer dizer que, quando ele tiver um ano, esses pijamas ficarão apertados. Algumas roupinhas (lindas!) nunca deram. Ele é bem “coxudo”, então muita coisa fica apertada na coxa e largo na cintura.
Eu jamais poderia imaginar que meu filho “sofreria” aos seis meses, as mesmas dificuldades que eu com roupas.
Pois é. Ao comprar roupa para o bebê, eu nem pensei sobre isso. Acontece que, hoje, tem um monte de roupa que dá, mas que não veste bem. E um monte de roupa que a gente perdeu porque, antes de ele nascer, eu separei tudo pelos tamanhos das etiquetas. Isso nos leva ao segundo ponto: mesmo dentro da mesma marca, as roupas marcadas com os mesmos tamanhos variam de tamanho.
Pelas roupas do Martin, eu vejo que a Carters (marca mais famosa para comprar roupa do bebê), por exemplo, tem pouco critério. Entre 3, 6 e 9 meses há roupas que têm exatamente o mesmo tamanho. É o mesmo conceito da marca de calça jeans em que você veste 42, mas às vezes o mesmo número fica largo e às vezes não passa da panturrilha. Sabe como, né?
Mas então, o que podemos fazer?
Eu vejo duas opções. A menos prática é comprar roupa para o bebê aos poucos, conforme ele for crescendo, ao invés de comprar tudo no enxoval. Assim, te dá a oportunidade de conhecer o corpinho do bebê e ir comprando o que veste confortavelmente.
A outra opção é, em vez de separar as roupas pelo tamanho da etiqueta, tirar um tempo para medir e separar pelo tamanho real. Aqui, todo mês, eu uso algumas roupinhas de parâmetro e meço todas as outras em comparação. Pego uma camiseta que está vestindo legal e meço em comparação com todas as outras camisetas que ele têm.
Parece trabalhoso, mas eu prometo que é bem rápido e fácil. E o melhor: soluciona a questão. As roupas ficam separadas em: o que veste bem, o que ainda não cabe, o que já ficou pequeno ou não é confortável (e vai ser doado) e o que ficou pequeno (e vou guardar).
Mas a dica principal é a mesma que vale para nós adultas. É o que você realmente precisa saber sobre comprar roupa do bebê. Não se prenda aos tamanhos da etiqueta. Se ele tem 6 meses e está usando um body de 3, não significa que ele é um bebê pequeno ou magro demais. O inverso também vale.