Falando sobre os pais helicópteros

Eu me questiono diariamente se estou me excedendo em relação às minhas preocupações com a Victoria. Leio muito sobre o assunto maternidade, e são tantas opiniões e tendências diferentes… Sabe quando você lê sobre uma doença e fica achando que está com todos os sintomas? De vez em quando me sinto assim em relação ao mundo materno.

E aí que cheguei em uma série de artigos e relatos sobre os Pais Helicópteros. Fiquei intrigada. Mas o que é isso? Quem são essas pessoas? Seria eu uma mãe helicóptero?

Pais helicópteros são aqueles que estão sempre rodeando e pairando sobre os filhos (daí o termo), pensando e agindo por eles, se preocupando em resolver todas as suas questões e antecipando os problemas, garantindo que nada difícil vá acontecer.

Essa turma de pais raramente deixa o filho sair da zona de conforto. Exemplos? Quando são pequeninos, permanecem no colo ou no carrinho a maior parte do tempo. Maiores passam a fazer esportes que já são craques, ao invés de tentar coisas novas. Os pais costumam tomar todas as decisões por eles, desde as atividades extraclasse até os amigos; e também assumem todas as tarefas e responsabilidades, além de fiscalizar cada atitude ou falta dela.

O resultado de tanta proteção são crianças com baixa autoestima; ansiosas; dependentes; menos ativas; mais propensas a ficarem de cara para TV, onde estão “seguras”; e menos criativas, pois como estão sob supervisão constante, não conseguem espaço para fantasiar, criar as próprias brincadeiras e se distraírem sozinhos.

Se você se identificou com a descrição, vale parar e refletir a respeito. A intenção da maioria dos pais helicópteros é boa, eles desejam proteger seus filhos e poupá-los de sofrimento, mas o resultado acaba sendo o oposto. Para não ser esse tipo de pai, por mais difícil que seja é preciso deixar os filhos experimentarem suas próprias frustrações e dificuldades e ajudá-los a lidar com isso.

Lendo a respeito do assunto, descobri que não sou uma mãe helicóptero. Existe um meio termo entre ser uma mãe interessada e participativa e ser a mãe que não deixa o filho experimentar nenhum desconforto Acredito que a vida é feita de batalhas diárias que não nascemos sabendo como lidar, só aprendemos vivendo.

 

Imagem: JD Hancock

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