Sling: uma ode ao babywearing

Se eu pudesse dar uma dica às mães de primeira viagem seria: invista em um sling

Quando Martin completou 15 dias e meu corpo entendeu que não ia morrer, meu cérebro de escritora ficou muito produtivo. Eram muitos textos surgindo ao mesmo tempo e eu precisava das minhas mãos livres para produzir. Foi nessa ansiedade que eu coloquei Martin no sling pela primeira vez.

A sensação de liberdade que eu senti era apenas um dos muitos benefícios do tal babywearing. Vestir o bebê, na tradução literal, permite que os pais fiquem com os braços soltos para viver e sintam na pele uma autonomia reconquistada. Na verdade, essa sensação você consegue com todos os tipos de canguru. Mas o sling, qualquer que seja seu modelo, é cheio de vantagens  anatômicas para o bebê, principalmente recém-nascido.

Tudo que eu li sobre o sling antes de comprar se confirmou já na primeira experiência. O bebê ficou calmo e quentinho, e os movimentos do meu corpo o fizeram dormir super rápido. A conexão pele com pele que o sling provoca, além de ser uma delícia pra mamãe aqui, fez com que eu me sentisse menos culpada de estar trabalhando enquanto o bebê existe.

Da primeira vez em diante, Martin veio para o sling todos os dias. “Veio” pois escrevo esse texto com ele amarradinho no meu peito, dormindo e fazendo barulhinhos. É assim que passamos todas as manhãs, eu no computador, ele no wrap sling.

O wrap sling eu comprei ainda grávida, quando decidi que tentaria o babywearing. Esse foi o modelo que me pareceu mais fácil de amarrar. Confesso que estava um pouco nervosa com as amarrações. Pra me acalmar, antes mesmo do bebê nascer, eu assisti tutoriais de amarração no YouTube. Também vi alguns esquemas no Pinterest. Li e reli dicas. No dia de usar, eu fiz a amarração básica 3x até me sentir realmente segura.

O sling deu certo.

sling
eu e Martin

Não é fácil de acreditar que aquele pano comprido vai se tornar um carregador firme, seguro e anatômico. E eu só sei disso porque minha família, amigos e até estranhos na rua acham o sling uma magia misteriosa. Ou uma habilidade ninja.

“É um mistério como você transforma o pano em uma coisa funcional”, “Nossa, não é que parece uma coisa confortável?” e “Legal, mas eu jamais conseguiria, tá doida” foram as coisas que eu mais ouvi quando vestia meu bebê. Por isso, eu saio pregando a palavra do sling por aí.

Porque mais pessoas precisam saber que o sling é prático, seguro e confortável. Que não é coisa de índio ou de hippie. Que não é uma modinha ~hipster sem sentido. Que ele estimula a intimidade e a conexão com o bebê. Que o bebê se sente abrigado e se acalma. Que é uma forma de proteger o bebê na rua e de fazê-lo sentir essa proteção. Que o sling não é sufocante, nem pro bebê nem para o “carregador”, e que ninguém se sente preso.

O sling é acolhimento e liberdade, refúgio e independência. Essa combinação salva vidas no puerpério.

Para ler mais e ver vídeos, aqui tem um post completão.

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