A complicada logística natalina

Natal com crianças é uma delícia. Até mesmo aqueles que odeiam a data passam a ver o Natal de outra maneira depois que os filhos nascem, não tem jeito. Mas uma coisa todo mundo concorda: a logística do Natal não é para amadores.

A pergunta “Onde vai ser o Natal esse ano?” causa calafrios em muitas famílias. A negociação para decidir quem vai ser o anfitrião do evento pode render dias. Muitos telefonemas e emails depois, você percebe que cedeu tanto que já tem seu Natal definido pelos próximos 10 anos.

Algumas situações podem tornar a operação ainda mais complexa. Se a única criança da família for o seu filho, por exemplo, a presença dele será alvo de uma disputa acirrada. É capaz da sua tia começar a ligar em agosto perguntando dos seus planos para dezembro. Outra saia justa é quando todos os avós (seus pais e sogros) são separados e cada um deles faz questão de fazer a sua própria comemoração – só mesmo de trenó voador para visitar quatro casas na mesma noite.

Mais uma questão que também exige muito planejamento é a chegada do Papai Noel. Como vai ser na hora H? Ele aparece? Quem vai vestir a roupa? Cabem todos os presentes no saco? Ou o Papai Noel não aparece, as crianças ficam escondidas no quarto e só ouvem um sino? E se elas dormirem e abrirem o presente no dia seguinte? Não é fácil. Principalmente porque a gente acha que não existe outra maneira de conduzir a encenação senão a da nossa infância. Você até leva um susto quando descobre que não é universal: “Como assim as luzes da casa não apagam e o seu tio avô não se veste de Papai Noel?”

Mesmo para aquelas famílias que decidem sem maiores problemas o local da festa e a rotina, a produção do evento em si gera uma trabalheira sem fim. Toneladas de comida, litros de bebidas, listas intermináveis de presente e mais perguntas: quem vai buscar a vovó? Como fazer o gelo durar a noite toda na nossa ceia tropical?

A gente reclama, mas tudo vale a pena. São algumas das melhores lembranças da nossa infância e estarão as melhores lembranças da infância dos nossos filhos também. Depende da nossa disposição.

 

Crédito da imagem: paddynapper

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