Interrompendo o desfralde em viagem

Como já escrevi antes, estávamos seguindo um desfralde light desde outubro, porque iríamos viajar em janeiro e eu achava que ela não estaria preparada para ficar 17 dias fora de casa e ainda ter que se preocupar com o assunto xixi e cocô. Eu, por minha vez, estaria viajando sozinha com ela, e no auge do estresse do final do ano, eu não me sentia preparada para ter que lidar com o desfralde dela.

Por outro lado eu não queria que ela esquecesse tudo o que aprendeu na creche e em casa nesses dois meses, então o meu bom senso prevaleceu e a coisa funcionou razoavelmente bem.

Bom… Na Disney tudo gira em torno de personagens e, apesar dela não ser nenhuma fanática pelas Princesas, ela começou a tomar gosto por personagens dos seus desenhos favoritos como a Dora, Caillou, Vila Sésamo, Minnie, etc. Então a primeira coisa que eu fiz foi parar no Walgreens e comprar fraldinhas de treinamento de personagens diversos. Achei com facilidade Pampers com a Dora, Princesas e Minnie.

Toda vez que eu parava para fazer ir ao banheiro, eu a levava junto e ela também fazia o seu pipi. A questão do cocô foi meio dramática, porque com uma dieta mais rica em gordura – coisa que ela não esta acostumada no Brasil – o intestino dela soltou e além da frequência aumentar, ele ficou líquido e a fralda de treinamento vazou muitas vezes. E, com todas as lindas fraldas cor de rosa que eu havia comprado, quem disse que eu conseguia convencê-la a usar as mais hardcore Turma da Monica soft touch? Resolvi relaxar e o negócio foi levar milhões de roupas, milhões de pads descartáveis que eu acabava “pegando emprestado” nos trocadores onde tinha sobrando (pois nem todos os banheiros tinham essa facilidade e o pad dela não estava dando conta de tanta sujeira) e muitas sacolas de supermercado pra guardar a roupa suja.

Ela, com frequência, pedia para ir ao banheiro fazer pipi, sobretudo quando as primas mais velhas estavam juntas. Mas na medida em que os dias foram passando e eu fui ficando mais exausta, me vi dizendo mais de uma vez (tudo bem: muito mais de uma vez): “filha, pode fazer na fraldinha e depois a mamãe troca”.

Quando estávamos no hotel era mais fácil: eu a deixava de calcinha e ela fazia pipi no vaso sanitário com a nossa ajuda. (acabei não comprando um redutor de assento, conforme havia planejado). Quando fomos à piscina ela também foi de maiô, sem fralda e sem acidentes (e eu morta de medo da dor de barriga da pequena). Um dia ela almoçou no restaurante do hotel de calcinha e também funcionou bem.

Pra manter o pouco que restava da minha sanidade mental no inicio de janeiro, acho que foi acertada a minha decisão de usarmos a fralda. Também tenho certeza de que ela não ficou com qualquer confusão ou trauma.

Naturalmente que, nas primeiras duas semanas, voltamos a ter mais xixi no chão, em casa, principalmente quando ela estava cansada ou muito distraída com as brincadeiras. E como ela fica com preguiça nestes momentos, estamos usando o aplicativo do Elmo e ela ganha uma estrelinha a cada vez que faz xixi no pinico. Isso deu uma animada.

Na creche ela fica com calcinha direto e uma semana após a volta as aulas, a creche passou a mandá-la pra casa sem fralda, a pedido dela. E eu, por minha vez, passei a mandá-la também sem fralda. Para evitar acidentes estou usando um forro descartável na cadeirinha dela. E não saímos de casa sem ela fazer um pipi comprido no pinico. Ate agora não tivemos acidentes. Mas o trajeto não demora mais do que 20 minutos.

Estamos saindo sem fraldas para alguns eventos, como restaurantes, casa de amigos ou família. Lugares onde o banheiro é perto e certo. Mas ainda não a mandei de calcinha pra pracinha, por exemplo, pois lá não tem lugar para fazer xixi. Pros bloquinhos de carnaval, também optei pela fraldinha pull up. Estamos no verão, ela bebe uma quantidade absurda de água e faz bastante xixi e com frequência. Essas são situações aonde os acidentes serão certos e eu não me sinto confortável em deixá-la/ensiná-la a fazer xixi no cantinho. Então esse é o meu próximo dever de casa. Enquanto eu não acho uma solução viável, alguém tem alguma opinião ou sugestão?

 

Imagem: Manish Bansal

 

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3 Comentários

  1. Rachel
    14 de Fevereiro de 2013 at 8:36 — Responder

    Sabe o que eu tenho, que comprei nos EUA. Um penico portátil. Ele é como um assento que as pernas se fecham por baixo e um saquinho plastico para ser colocado nele. Minha Alice até me lembra de levar. E ele ainda pode ser encaixado no vaso comum de algum banheiro mais ou menos. Chama-se portable potty. Da super segurança pra mamãe e filhinha saírem a qq lugar. E a criança começa a esquecer q existe a fralda 😉

  2. Meyrele
    14 de Fevereiro de 2013 at 15:51 — Responder

    Parabéns pelo artigo! Só fiquei com uma dúvida, pois nunca ouvi falar: o que é esse “pad” que você cita várias vezes no artigo?

    Obrigada

  3. Danielle
    16 de junho de 2015 at 8:41 — Responder

    Segurar criança de cadeirinha depois de horas no parque não é mole não…

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