É papel dos pais se preocupar com o que os filhos comem ou não comem. Nos Estados Unidos, o número de crianças do tipo picky eaters (comedoras seletivas ou, no bom português, chatas para comer) estão crescendo e ganharam mais atenção. Todos os sites e revistas especializados em nutrição infantil abordam o tema com frequência e oferecem alternativas para que esses pequenos não se tornem tiranos da comida.
Muitos dos médicos e nutricionistas que falam sobre o assunto concordam em uma coisa: quanto mais permissivos são os pais, maior a possibilidade dessas crianças rejeitarem novos alimentos, novas receitas ou ainda grupos aliementares inteiros. Se o seu filho tem de um a cinco anos de idade e sempre teve acesso à alimentos não tão saudáveis ou ainda não recebeu estímulo para se aventurar gastronomicamente, é provável que você tenha um picky eater em casa.
Se você vestiu a carapuça, dá uma olhada nas dicas que separei na tentativa de salvar a hora da refeição:
- Não tenha medo de dizer não. Diga não desde o supermercado. Não para o leite achocolatado, não para o biscoito recheado, não para o porcaritos e também para balas e chocolates.
- Rotina é necessária ao menos nos cinco dias úteis da semana. Café da manhã, almoço e jantar precisam ter horário e local.
- Respeite a falta de apetite do seu filho (se ele tem crescido e se desenvolvido como esperado). Algumas crianças precisam comer menos ou não tem tanto interesse pela comida. Não force se há falta de fome, mas negocie se a fome for específica. Ofereça porções menores e coloque mais se ele pedir.
- Ações do tipo “tem que raspar o prato” ou ” só ganha sobremesa se comer tudo” só reforçam o poder da criança sobre seus pais.
- Brinquedos e televisão são a pior das distrações na hora da refeição para todas as crianças (e adultos). Comer à mesa é uma boa saída.
- Ansiedade gera ansiedade. Você não pode ter pressa na hora de incentivar o seu filho a comer. Não me entenda mal, se o seu filho está enrolando para comer, você pode e deve chamar sua atenção sim, mas não o apresse sem necessidade.
- Torne a comida mais atraente, ela deve ser colorida e fresca. Incentive seu filho a tocar, cheira e finalmente, provar. Use cortadores de biscoito para dar forma aos alimentos, se for preciso. Não desanime logo de cara e tente novamente na próxima semana.
- Molhos tornam alguns alimentos mais atraentes. Você quer que seu filho coma couve-flor? Experimente fazê-la gratinada com um pouco de queijo e farinha de pão por cima.
- Guardando as devidas proporções, adultos e crianças devem comer a mesma comida. Além de mais prático, passa a mensagem de que a refeição é da família e todos comem de tudo, ou ao menos de quase tudo. Não devemos esquecer que todos temos preferências e aversões alimentares.
- Seu filho não quer comer e por isso quer deixar a mesa e ir brincar. Diga que vocês querem a companhia dele e que ele poderá ir assim que todos terminarem. Coloque as opções de alimentos perto dele, quem sabe o cheirinho gostoso não abre o apetite dele?
- Mudar a alimentação do seu filho requer paciência, não importa a idade. O desafio existe, e deixar para mais tarde poderá tornar a tarefa ainda mais difícil.
Crédito de imagem: CarbonNYC
3 Comentários
A filha da minha prima tem 9 meses e não quer comer nada. Nada que ofereça para ela, ela come, a maioria das vezes cospe fora.
Mama um pouco de tempo e depois não quer mais, já ofereceu frutas variadas, mingau, comida e nada, ela quase não se alimenta.
Os pais já estão forçando ela a comer, o que não acho que seja uma boa pratica, porém se tem a preocupação dela não se alimentar.
O que se deve fazer?
Oi Crisna,
Acho que o primeiro passo é ver como está a evolucao de peso e crescimento. O pediatra manifesta alguma opiniao? Ela nao come mas mama?
Foi a médica e está ficando com baixo peso. Ainda vai ao pediatra na segunda. Mama bem pouco, mas não sustenta.