O perigo escondido nas lancheiras

A lancheira nova e brilhante é um grande marco da vida escolar de nossos filhos. O que pouco sabíamos, tal qual na história dos produtos BPA free, é que existem vários componentes nada saudáveis sendo carregados para lá e para cá, todos os dias. A substância química do momento atende pelo nome de FITALATO. O fitalato tem vários derivados e alguns deles já foram excluídos da manufatura de diversos produtos, principalmente de brinquedos.

O que eu não sabia é que os produtos revestidos de PVC – e aí a gente tem uma lista que vai da escova de dente, caneta, até a bóia da praia – contém ftalatos. E você deve estar se perguntando qual o motivo para o uso desse vilão da nossa saúde. Os ftalatos são necessários para dar maior flexibilidade ao plástico e por isso usados em larga escala (e nós sobrevivendo). Comitês de saúde de várias partes do mundo, pedem para que esses derivados químicos sejam banidos também desses outros produtos de consumo.

Voltando as lancheiras, um comitê americano fez testes com mais de 20 lancheiras e mochilas disponíveis no mercado há poucos anos e descobriu que 75% deles continha níveis elevados de ftalatos. Aqui no Brasil, nenhum estudo foi feito, mas algumas alterações para garantia de produtos escolares isentos de diversos produtos incompatíveis com a saúde já entraram em vigor e têm prazo certo para que os fabricantes se adequem às novas regras – prazo que se esgotou no meio do ano passado; para os comerciantes, abril de 2014 é o prazo final.

Ainda é necessário que novos estudos sejam realizados para confirmar os resultados obtidos nos últimos tempos. Dentre os males elencados estão os diretamente relacionados ao sistema reprodutor masculino, casos de diabetes e também os problemas respiratórios. Vale dar uma olhada se os produtos escolhidos com tanto carinho para iniciar o ano escolar do seu filho possuem o selo do INMETRO. Importada ou nacional, melhor garantir, porque o seguro morreu de velho.

 

Crédito de imagem: Mel R

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2 Comentários

  1. Luis Santos
    22 de Janeiro de 2013 at 12:20 — Responder

    Muito importante a preocupação, mas duvido que um “selo” de uma entidade oficial do Estado (no caso o Inmetro, que nem tem capacidade para análises de saúde pública) seja garantia de qualquer coisa nesse país.

    • Patricia
      22 de Janeiro de 2013 at 14:02 — Responder

      Oi Luis, só nos resta acreditar e também cobrar. Que tenhamos boa sorte.

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