A placenta, essa superpoderosa barreira entre o mundo e o nosso bebê, é uma grande desconhecida. Sabemos que é ela quem protege o nosso bebê e também o alimenta, mas pouca gente dá a ela a devida atenção, e só vão se preocupar mesmo se ela dá algum sinal lá não muito agradável.
Por isso, resolvemos reunir aqui um “Dossiê Placenta” para você se informar.
O que é ?
A placenta é um órgão transitório que só se forma quando há um embrião. Seu formato se assemelha ao de uma panqueca, com mais ou menos 4 cm de espessura e sua consistência é bem esponjosa. A placenta se une ao corpo da mãe pela parede uterina e ao feto pelo cordão umbilical. Seu peso ao final da gestação é em torno de 500 gramas.
Como bônus, é a placenta quem produz os hormônios HCG (gonadotrofina coriónica), o estrogênio e a progesterona.
Como funciona?
A placenta é dividida por uma barreira membranosa em dois lados, de um lado há circulação de sangue materno e do outro circula o sangue do feto. A placenta atua como um filtro. Quando o sangue fetal atravessa o cordão umbilical e percorre a placenta, recebe nutrientes e oxigênio do sangue materno, liberando dióxido de carbono e produtos de degradação fetal – xixi e cocô (uréia, cretinina, ácido único) para a circulação maternal; e assim acontece tudo novamente quase que infinitamente (são 9 meses de muito trabalho): o sangue da mãe alimenta, oxigena e purifica.
Curiosidade: O fígado do bebê é imaturo e não funciona até aproximadamente 30 semanas de vida do bebê dentro da barriga. Durante todo esse tempo as gorduras são armazenadas na placenta, até que o fígado fetal comece a funcionar, sendo então lentamente libertadas para a circulação fetal.
A placenta possui ainda a extraordinária capacidade de permitir que a mãe não desenvolva rejeição de um hóspede com composição genética, que é 50% estranha (50% da mãe e 50% do pai). Isso se deve ao contato direto do sangue materno com o fetal.
Quais os problemas que podem ocorrer?
Placenta prévia – Acontece 1 em cada 200 gestações e caracteriza-se pela implantação da placenta de forma parcial ou total, no segmento inferior do útero (colo).
Fatores de risco:
- Cesariana anterior (fator mais importante)
- Multiparidade
- Idade materna avançada
- Gestação múltipla
- Antecedente de placenta prévia
- Curetagens prévias
Sinais e Sintomas:
Sangramento genital ao final do segundo trimestre ou início de terceiro, podendo ser indolor, com coloração vermelho-viva ou Cíclico e de agravamento progressivo.
Fonte: Baby Center
Acretismo placentário – Acontece em 1 de cada 530 nascimentos. Caracteriza- se pela fixação profunda da placenta na parede uterina, ultrapassando o limite normal de fixação. A placenta acreta é raramente reconhecida antes do nascimento, sendo muito difícil de ser diagnosticada.
Ela pode ser classificada:
- Acreta – quando está inserida profundamente na camada interna do útero,
- Increta – quando chega atá a musculatura uterine, ou
- Percreta – quando ultrapassa a musculatura uterina, podendo invadir até órgãos adjacentes, como a bexiga.
Fatores de risco:
- Cesariana anterior (fator mais importante)
- Multiparidade
- Curetagens prévias
- Placenta prévia
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