Como proporcionar segurança e autoestima para o seu filho

Crianças precisam de amor. Muito amor. Precisam de carinho, atenção e recursos para que possam desenvolver sua autoestima. Para isso, é importante que se sintam em segurança, e nosso dever como pais prover tudo isso e estar atentos para entender a necessidade específica do nosso filho.

Algumas crianças são mais autossuficientes, outras, mais carentes. Algumas possuem natureza mais insegura, e outras confiam plenamente no próprio taco. Não existe certo ou errado na maneira que uma pessoa sente, as crianças incluídas. Nós simplesmente sentimos. Mas como cuidadores é nosso papel guiá-los para um mundo em segurança. E a segurança vem do amor.

Victoria vive sua independência em liberdade. Eu estimulo que ela explore e faça as coisas sozinha, da forma que consegue, sem julgamentos. Ao mesmo tempo, sofreu perdas que a deixaram emocionalmente insegura, apesar de ser uma criança madura – algo que venho observando há pouco mais de dois anos, mas que só ficou mais evidente depois que ela completou quatro anos. E por mais amor que eu ofereça, não é ainda suficiente para remendar a sua iminente sensação de abandono. Mas eu acredito com fervor que o tempo cura tudo. E enquanto esse tempo não chega, eu sigo aprendendo como ser uma mãe melhor para ela.

Seguem algumas ferramentas para quem está passando pelo mesmo momento:

 

Demonstre amor

Um abraço apertado e um “eu te amo” são dos maiores incentivos para a confiança de uma criança. Não só demonstra que você se importa, mas também é uma ferramenta para que ele expresse as próprias emoções, positivas ou negativas.

 

Elogie na medida certa

Criticar constantemente faz a criança duvidar de suas habilidades. Mas elogios em excesso pode inflar seu ego e levá-lo a colocar os outros para baixo. Elogie por um trabalho bem feito ou novos aprendizados, mas não tenha medo de educá-lo construtivamente quando precisar.

 

Gerencie a ansiedade

A criança que come rápido demais, que não se contenta, é voraz e com dificuldades de se concentrar, precisa de você para que a ansiedade fique sob controle. Por aqui promovo uma vida equilibrada em relação ao consumo, muitas atividades ao ar livre (pracinha, piscina, praia, jogar futebol na quadra), finais de semana esporádicos em meio a natureza (muito verde, rolar na grama e caminhar por entre as pedras do rio) e sessões quinzenais de Abhyanga, massagem ayurvédica que, entre outros tantos benefícios, acalma o excesso de atividade mental (e ela AMA!).

 

Incentive a tomar decisões

“Você quer lanchar ou jantar?” “Prefere comer banana ou maçã?” “Você pode escolher um brinquedo dessa loja para levar.” “Qual o passeio nós vamos fazer hoje?” Quando você dá opções ou incentiva que ele tome decisões faz com que ele tenha poder sobre seus próprios desejos. Claro que com o poder vem também a responsabilidade. Se ele escolher a banana, precisa comer a banana e não ficar querendo beliscar a sua maçã. Se você oferecer um brinquedo da loja, ele não pode levar dois. Saber o que ser quer traz uma segurança enorme para qualquer pessoa. Crianças e adultos.

 

Encoraje suas paixões

Ela pode gostar de futebol e ele pode gostar de bonecas. Ela pode adorar ser princesa e ele só quer saber de carros. Crianças desenvolvem paixões que vão mudando à medida em que crescem. E você precisa ficar ao lado do seu filho enquanto ele vai fazendo escolhas e descobrindo suas paixões. De preferência virando a melhor amiga da Peppa Pig e exigindo uma coroa de rainha para si quando a situação pedir.

Deixe chorar

Bastou a criança chorar para a gente sair correndo para resolver todos os problemas e prometer mundos e fundos. Por favor não confunda “deixar chorar” com deixar a criança chorando sozinha aborrecida. DE JEITO ALGUM. Crianças também experimentam frustração, tristeza e melancolia e a melhor forma de se libertar desses sentimentos é com o escorrer das lágrimas. Tudo fica mais leve. E nesses momentos, fique ao lado do seu filho, coloque no colo, faça carinho, diga palavras de consolo, diga que entende a frustração e que tudo vai ficar bem.

 

Facilite a interação

Crianças tímidas precisam de um empurrão extra para interagirem com as pessoas, sobretudo estranhos. Estimule seu filho a perguntar o preço de um brinquedo, a dizer o que quer comer a um garçom, a pedir uma bebida para a mãe do amiguinho, a pedir a um amigo para emprestar um brinquedo na pracinha. Começa difícil, e de vez em quando ele vai desistir. Mas cada vez que seu filho vencer essa batalha ele se sentirá mais seguro. E vai ficando mais fácil.

 

 

Imagem destacada: Shutterstock GlebStock

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