Talvez seja um pouco precoce afirmar que meu filho, hoje com apenas 4 anos, não nasceu para ser líder. Mas se você prestar bastante atenção nas relações do seu filho na pracinha, nas festas e nos encontros com os amigos da escola, vai entender o que eu quero aqui ilustrar. Os grupos se formam seja por afinidade ou proximidade, tal qual acontecia na nossa infância. Em qualquer grupo de crianças (e de adultos), você vai encontrar aquele que se acha o melhor, o que se preocupa com os amigos, o criativo, o levado da breca, o tímido e outros membros que, como o meu filho, não nasceram para ser líderes – o que na minha época de criança chamávamos de “Maria vai com as outras”.
Você deve estar se perguntando que tipo de mãe eu sou e te respondo: sou uma mãe atenta e preocupada. Diferentemente do que você imagina, as mães dos “Maria vai com as outras” cortam um dobrado tentando fortalecer a auto-confiança do filho porque lhe disseram que ele não pode mais brincar no grupo, ou porque se ele não fizer o que um deles lhe pede, não vai mais querer ser seu amigo. Agora me diz, como é que você explica o que está acontecendo para o seu filho? Como se ensina que ele não tem que fazer tudo o que os outros mandam para ser aceito?
Meu filho é um menino bem educado e fofo, atencioso que só, do tipo que sabe dividir seus brinquedos. Mas como se impressiona muito com outras crianças que são líderes, tenta imitar o comportamento dela e vez ou outra volta para casa com ares de bad boy, cheio de mandos e desmandos que não são próprios da sua personalidade. Tento explicar e educar mostrando o que é certo e o que é errado:
Não pode cuspir, mesmo que fulaninho faça e todo mundo ria.
Não pode chamar o amigo de bebê chorão, mesmo que ele chore muito.
Não pode bater o pé e fazer pirraça, mesmo que o seu amigo consiga tudo o que quer fazendo.
Não pode bater, socar, chutar mesmo que seja de brincadeira.
Você não pode ter uma arma de brinquedo porque seu amigo tem, e nem comer as besteiras que ele come.
E a máxima das máximas “Se a mãe dele deixa é um problema dela, a sua mãe sou eu!”.
É um trabalho diário! Líder ou não, quero apenas que ele seja feliz sendo do jeito que é e não mude para agradar os outros…
Sem Comentários